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Etapa na piscina de Slater começa com Filipe, Medina e Italo em alta

Líder do ranking, atual vencedor do Surf Ranch e medalhista de ouro nos Jogos Mundiais da ISA são os destaques do Brasil na oitava etapa do Circuito Mundial, entre quinta e sábado

18 set 2019 - 18h03
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A oitava etapa do Circuito Mundial de surfe (WCT), na piscina de ondas do Surf Ranch em Lemoore, idealizada pelo americano Kelly Slater, começa nesta quinta-feira e vai até sábado, com os seus três principais brasileiros em alta.

Filipe Toledo defenderá a liderança no ranking da WSL. O bicampeão mundial Gabriel Medina, que está em quarto, tentará repetir o feito do ano passado, quando ergueu a taça. E Italo Ferreira (6º) vem embalado pela vitória nos Jogos Mundiais da ISA (Associação Internacional de Surfe), há uma semana. As baterias terão início às 12h (de Brasília).

Italo, que tem chances de brigar pela liderança, levou o ouro no Japão com nota 10 na final contra dois concorrentes ao título mundial que estão à frente dele no ranking: o próprio Medina e o californiano Kolohe Andino.

Italo Ferreira venceu os Jogos Mundiais ISA (Foto: ISA / Pablo Jimenez)

Depois da etapa americana, restarão apenas três para definir o campeão da temporada, os top-22 que ficarão na elite e os classificados para a Olimpíada de Tóquio-2020. As próximas serão em outubro, na França e em Portugal, e em dezembro, em Pipeline, no Havaí.

Entre os onze titulares da Seleção Brasileira, o único desfalque é justamente o capitão do time, Adriano de Souza. O campeão mundial de 2015 voltou a sentir uma lesão após a participação em Teahupoo e não vai competir. Ele será substituído pelo atual campeão mundial Pro Junior da WSL, Mateus Herdy. O paulista Caio Ibelli também segue na vaga do contundido John John Florence, então doze brasileiros vão disputar o título na Califórnia, um terço dos 36 participantes.

O evento é o único da temporada em que as chances são exatamente iguais para todos os competidores, sem depender de previsão de swell ou da melhor maré. É só ligar a máquina que ela vai formar as mesmas ondas para cada um surfar uma direita e uma esquerda, na sua vez de entrar na piscina.

Etapa tem formato de disputa diferente

Filipe Toledo e Gabriel Medina estão em alta no ranking da WSL (Foto: Kelly Cestari / WSL)
Filipe Toledo e Gabriel Medina estão em alta no ranking da WSL (Foto: Kelly Cestari / WSL)
Foto: Lance!

A etapa tem um formato de competição especial, diferente das outras realizadas no mar, que dependem da natureza, do swell, da maré, ventos. No Surf Ranch, as condições são iguais para todos os competidores. Será sempre a mesma onda produzida pela máquina idealizada por Kelly Slater, para todos surfarem uma direita e uma esquerda perfeitas, com tubos, sessões para usar a borda nas manobras e até voar nos aéreos. Eles terão que mostrar suas habilidades surfando de frontside (de frente para a onda) e de backside (de costas), pois serão computadas a maior nota recebida na direita e a maior na esquerda.

Os 36 participantes da categoria masculina e as 18 da feminina, foram divididos em grupos de seis competidores na primeira fase e todos entrarão duas vezes na piscina, para surfar uma esquerda e uma direita. Serão somadas a maior nota na direita com a maior na esquerda e os dois que obtiverem as maiores pontuações de cada bateria, passam para a segunda fase. No masculino, serão doze classificados nas seis baterias e mais doze também avançarão, os que tiverem mais pontos entre todos que não ficaram entre os dois primeiros das baterias.

Briga quente por Tóquio-2020

No feminino, são seis classificadas entre as duas melhores de cada bateria e mais seis que conseguirem as maiores somatórias no total também passam para a segunda fase. A gaúcha Tatiana Weston-Webb e a cearense Silvana Lima, são as representantes do Brasil na elite das top-18 do CT 2019. As duas já estão praticamente garantidas na Olimpíada, entre as oito indicadas pelo ranking.

No masculino, são dez que se classificam com o mesmo limite de dois atletas de cada país. No momento, as vagas do Brasil estão com o líder do ranking, Filipe, e com Medina. Italo está na briga, porque a medalha de ouro nos Jogos da ISA não lhe garantiu um lugar em Tóquio. Os tops da elite competiram no Japão como premissa para legitimar as classificações pelo ranking da WSL.

Os outros que estão conseguindo suas vagas para a estreia do surfe nos Jogos Olímpicos pelo WCT, são o sul-africano Jordy Smith (2º do ranking), Kolohe Andino (3º) e John John Florence (5º) pelos Estados Unidos, Kanoa Igarashi (7º) pelo Japão, Owen Wright (8º) e Julian Wilson (11º) pela Austrália e Michel Bourez e Jeremy Flores pela França.

No feminino, são Carissa Moore (1ª) e Lakey Peterson (4ª) pelos Estados Unidos, Sally Fitzgibbons (2ª) e Stephanie Gilmore (3ª) pela Austrália, Tatiana Weston-Webb (8ª) e Silvana Lima (13ª) pelo Brasil, Brisa Hennessy (9ª) pela Costa Rica e Johanne Defay (10ª) pela França.

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