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De volta ao Brasil, Etiene Medeiros segue desfrutando conquista inédita

A campeã mundial dos 50m costas foi recebida pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf e falou sobre o desempenho no Mundial de Budapeste: 'a natação precisava deste resultado'

2 ago 2017 - 14h52
(atualizado às 16h00)
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A medalha de ouro conquistada pela brasileira Etiene Medeiros nos 50m costas no Mundial de Esportes Aquáticos de Budapeste (HUN) segue fresca na memória da atleta. Aterrizando na capital paulita na última terça-feira, a pernambucana foi recebida, nesta quarta, pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf, ao lado de seu treinador Fernando Vanzella.

Etiene é a primeira brasileira a ser campeã mundial em piscina longa
Etiene é a primeira brasileira a ser campeã mundial em piscina longa
Foto: Lance!

Com a medalha inédita no peito, a atleta do Sesi-SP conta que a 'energia' no dia da conquista segue, permitindo que ela 'viva a medalha dia a dia'. A brasileira levou o ouro por ser apenas um centésimo mais rápida (27s14) do que a chinesa Fu Yuanhui (27s15). O bronze ficou com a bielorrussa Aliaksandra Herasimenia (27s23).

- Aquele dia foi muita energia, muita emoção. Tudo muito intenso. Ter voltado para o Brasil foi muito bom. Já vi o presidente, já fui treinar no Sesi. A energia vai e volta. A euforia ainda continua, porque, querendo ou não, estou vivendo essa medalha dia a dia - disse a medalhista de ouro no Pan de Toronto-2015 nos 100m costas.

Etiene conta também como foram os primeiros momento após a batida que a colocariam na história da natação brasileira. Esta foi a melhor marca da carreira da nadadora que, em Kazan-2015, ficou com a prata.

- No momento da prova, a gente não consegue mensurar quem está do lado. Se está na frente ou atrás. A gente só sabe mesmo o resultado quando bate na borda e olha o número. É muito automático, no momento, eu nem vi que foi por um centésimo, só vi depois, quando olhei para o placar. Quando eu vi o um eu já olhei para o Vanzella pulando, tentei ver o pessoal do Brasil, mas não consegui, e vibrei. Fiquei muito feliz, foi um mega resultado para mim e para o Brasil e para toda a natação - relembra.

Mesmo com o seu melhor tempo, Medeiros ficou a pouco segundos de bater o recorde mundial, hoje pertencente chinesa Zhao Jing (27s06). A brasileira releva que acreditava que a campeã dom 50m superaria a marca.

- Bater o recorde mundial é muito tenso, muito treinamento. Achava que quem vencesse aquela prova iria bater, mas foi uma prova muito dura Quem sabe daqui a dois anos eu consiga fazer isso. Até lá tem muita coisa - afirmou.

A nordestina aproveitou para elogiar a atuação verde e amarela na Hungria. Após o fracasso na Rio-2016, ela afirma que a modalidade precisava desta atuação. No Mundial de Budapeste, o Brasil somou oito medalhas (dois ouros, quatro de prata e duas de bronze).

- A natação estava realmente precisando deste resultado. As oito medalhas mostraram que o Brasil é capaz. No ciclo olímpico a gente tem que buscar ser mais equilibrado. É uma pressão muito forte. A natação conseguiu mostrar um pouco do que ela é - palpitou.

Vista como pioneira dentro na modalidade no Brasil, Etiene disse ser grata a este "título". Em 2014, ela foi a primeira mulher a ser campeã mundial em provas individuais, assim como primeira brasileira recordista mundial em provas individuais. No ano seguinte, tornou a primeira verde e amarela campeã dos Jogos Pan-Americanos e a primeira a subir no pódio de um mundial de piscina longa.

- Este termo eu escutei bastante. Ficou muito grata em receber este 'título'. Fico muito feliz não só pela natação, mas pelo esporte feminino. Eu fico muito feliz e espero inspirar outras atletas a estarem entre as melhores do Brasil. Venho quebrando barreiras, me sentindo muito mais experiente. Agora é tentar juntar toda esta energia para 2020.

Com tantas conquistas, a indecisa geminiana afirma não ter uma preferida.

- Cada conquista minha tem um gostinho diferente. Cada medalha tem o seu brilho.Eu tento ter sempre um carinho por elas. Todas estão aqui em São Paulo.

Etiene Medeiros retorna às competições na disputa do Troféu José Finkel, entre os dias oito e 12 de agosto com o time do Sesi-SP.

Treinador torcedor

Não é apenas Etiene quem está sentindo o gosto do ouro no Mundial de Budapeste. Seu treinador, Fernando Vanzella, ainda não consegue transformar em palavras os sentimentos ao ver que sua pupila tinha conquistado o mundo.

- É muito bacana porque você faz parte de todo o processo, desde a construção do trabalho até o aquecimento, ir com ela no banco de controle, dar uma última palavra de incentivo, ver ela entrando sorrindo - comentou o trenador, que completou:

- Quando ela venceu a chinesa na semifinal, nós sabíamos que ela poderia bater o recorde mundial. A gente não quis criar expectativa. Foi muito emocionante na hora. Você vê o resultado de um trabalho de vários anos, é uma energia que não tem como descrever.

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