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CBV repudia fala de Carol Solberg contra Bolsonaro e promete medidas

Entidade informa em nota que manifestação da jogadora em transmissão ao vivo durante etapa do Circuito Brasileiro 'denigre a imagem do esporte' e não condiz com atitude ética

20 set 2020 - 19h56
(atualizado às 20h09)
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A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) repudiou a atitude de Carol Solberg, que declarou "Fora, Bolsonaro" após a conquista do bronze na primeira etapa da temporada do Circuito Brasileiro de vôlei de praia, transmitida ao vivo no SporTV, ao lado de Talita.

Carol Solberg falou "fora, Bolsonaro" durante a transmissão do Circuito Brasileiro (Foto: Reprodução/SporTV)
Carol Solberg falou "fora, Bolsonaro" durante a transmissão do Circuito Brasileiro (Foto: Reprodução/SporTV)
Foto: Lance!

A entidade, que é patrocinada pelo Banco do Brasil, afirmou que a manifestação de cunho político "denigre a imagem do esporte". A confederação disse ainda que tomará todas as medidas cabíveis para que fatos como esses não voltem mais a ser praticados. A fala aconteceu durante a tradicional manifestação das atletas no microfone ao final das partidas que valem pódio.

"A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), vem, através desta, expressar de forma veemente o seu repúdio sobre a utilização dos eventos organizados pela entidade para realização de quaisquer manifestações de cunho político.

O ato praticado neste domingo (20.09) pela atleta Carol Solberg durante a entrevista ocorrida ao fim da disputa de 3º e 4º lugar da primeira etapa do Circuito Brasileiro Open de Volei de Praia - Temporada 2020/2021, em nada condiz com a atitude ética que os atletas devem sempre zelar.

Aproveitamos ainda para demonstrar toda nossa tristeza e insatisfação, tendo em vista que essa primeira etapa do CBVP OPEN 2020/2021, considerada um marco no retorno das competições dos esportes olímpicos, por tamanha importância, não poderia ser manchada por um ato totalmente impensado praticado pela referida atleta.

Por fim, a CBV gostaria de destacar que tomará todas as medidas cabíveis para que fatos como esses, que denigrem a imagem do esporte, não voltem mais a ser praticados", informou a CBV, em nota oficial.

Há dois anos, a CBV defendeu a liberdade de expressão política quando Wallace e Maurício Souza, da Seleção Brasileira de vôlei, expressaram apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Eles posaram para uma fotografia com gestos que representavam o número 17, em referência ao PSL, antigo partido do político.

"A CBV repudia qualquer tipo de manifestação discriminatória, seja em qualquer esfera, e também não compactua com manifestação política. Porém, a entidade acredita na liberdade de expressão e, por isso, não se permite controlar as redes sociais pessoais dos atletas, componentes das comissões técnicas e funcionários da casa. Neste momento, a gestão da seleção irá tomar providências para não permitir que aconteçam manifestações coletivas", disse a entidade na ocasião.

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