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Capitão do Irã pede fim do veto às mulheres nos estádios

Proibição existe desde 1982 e impede qualquer mulher iraniana de fraquentar as arenas, inclusive em partidas da seleção

19 jun 2017 - 17h57
(atualizado às 18h03)
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Depois de garantir a classificação para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, o capitão da seleção do Irã, Masoud Shojaei, defendeu publicamente o fim do veto às mulheres nos estádios, proibição que existe desde 1982. Ele pediu ao presidente Hassan Rouhani que reconsidere o banimento.

Masoud Shojaei é o capitão do Irã (Foto: AFP)
Masoud Shojaei é o capitão do Irã (Foto: AFP)
Foto: Lance!

Shojaei quebrou um tabu no país e foi o primeiro jogador da seleção a falar sobre o assunto, se juntando à luta feminina por uma flexibilização nos direitos. Para se ter uma ideia, até 1987, as mulheres não podiam sequer assistir aos jogos pela televisão.

Após a classificação para o Mundial, o jogador teve um encontro diplomático com Rouhani e, entre os tantos assuntos abordados, resolveu levantar o tema. Segundo a imprensa local, o presidente estaria disposto a acabar com a proibição. No entanto, o principal entrave é Ali Khamenei, Líder Supremo do país.

- Eles deveriam tomar uma atitude para permitir a presença das mulheres nas arquibancadas no futuro - disse o meio-campista, em entrevista ao canal "Varsesh3".

Em 2006, o presidente Mahmoud Ahmadinejad tentou derrubar o banimento com um decreto pedindo a criação de áreas especiais para mulheres. Porém, pouco depois, o sistema de justiça negou a ordem. A única vez em que as torcedoras locais não foram impedidas foi no Campeonato Asiático Sub-16, em 2012.

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