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A dois anos de Tóquio-2020, Gustavo Borges vê natação no 'caminho certo'

Modalidade decepcionou na Olimpíada do Rio de Janeiro, sem nenhum pódio, mas já mostra nomes com potencial de grandes resultados para a próxima edição dos Jogos

24 jul 2018 - 09h16
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A natação brasileira passou por uma turbulência nos últimos anos, mas segue no radar das modalidades com potencial de medalhas para o país em Jogos Olímpicos. Após a decepção na Rio-2016, quando o único pódio verde e amarelo nos esportes aquáticos foi o bronze de Poliana Okimoto, nas águas abertas, Gustavo Borges vê boas perspectivas nas piscinas a dois anos da cerimônia de abertura dos Jogos de Tóquio-2020.

Gustavo Borges durante o FISU America Games
Gustavo Borges durante o FISU America Games
Foto: Kaizen Filmes - Alzir Lima / Lance!

Dono de quatro medalhas olímpicas e 19 em Jogos Pan-Americanos, o ex-atleta, que hoje roda o Brasil para divulgar seu metodologia de natação, acredita que o país tem seguido a receita correta para voltar a brilhar. As últimas medalhas olímpicas verde e amarelas nas piscinas foram em Londres-2012: a prata de Thiago Pereira nos 400m medley e o bronze de Cesar Cielo nos 50m livre.

- Estamos no caminho certo e temos muito a fazer. É preciso continuar com os intercâmbios, o nível de treinamento. A reciclagem é fundamental, e estamos conseguindo isso. Vamos torcer para os resultados acontecerem - falou Gustavo, que esta semana participa do Pan Americano Universitário, em São Paulo, como padrinho.

- Estamos com uma equipe aquática muito boa. Neste ano, já pudemos ver um pouco da cara do Brasil para 2020. Há jovens atletas, e temos visto uma renovação, com nomes bem colocados no ranking nas provas mais tradicionais, como 50m, 100m, 200m livre - afirmou Borges.

Bruno Fratus, que no momento se recupera de uma lesão no ombro esquerdo, é o grande nome do país atualmente. Ele tem o segundo melhor tempo do ano nos 50m livre, 21s35, obtido em abril, no Troféu Maria Lenk, no Rio de Janeiro.

Mas há uma série de novas caras com resultados de expressão, como Pedro Spajari, de 21 anos, dono do terceiro melhor tempo do ano nos 100m livre, com 47s95; Guilherme Costa, de 19 anos, dono do sexto melhor tempo do ano nos 800m livre, com 7m50s92; e Gabriel Santos, de 22 anos, dono do quarto melhor tempo do ano nos 100m livre, com 47s98. Todos eles serão testados no Pan-Pacífico, entre os duas 9 e 13 de agosto, em Tóquio.

- Neste inverno, no Pan Pacífico, estaremos com força quase completa (Fratus será a ausência). No ano que vem, haverá o Mundial. Depois das duas competições, poderemos avaliar melhor como será esse cenário da Olimpíada de 2020. Até 2019, é mais especulação. Muita coisa muda em um ano antes dos Jogos. Atletas com 18 e 19 terão 20. Os jovens estarão amadurecendo. E os mais velhos terão de fazer algo a mais para se manter no alto rendimento.

Borges também fez uma avaliação positiva do Pan Universitário, onde pôde acompanhar de perto os principais nomes da natação universitária.

- A educação e o esporte são fundamentais para a construção de qualquer país e estrutura esportiva, e de cidadãos. Fico feliz de encontrar competições como essas, bem estruturadas - afirmou o ex-nadador.

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