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Finalista olímpica do vôlei de praia sofria bullying por altura: ‘Esporte me salvou’

Ana Patrícia conquistou os Jogos da Juventude ao lado de Duda com apenas 3 meses na modalidade

9 ago 2024 - 06h26
(atualizado às 06h52)
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Ana Patrícia encontrou no vôlei o sentido da vida
Ana Patrícia encontrou no vôlei o sentido da vida
Foto: Bernadett Szabo / Reuters

Ana Patrícia nasceu em Espinosa, uma cidade de 30 mil habitantes no interior de Minas Gerais, quase na divisa com a Bahia. Com 1,94 m, ela sofria com o bullying das crianças da sua idade e convivia com o sentimento de inferioridade. Foi no esporte que ela encontrou a chance de dar a volta por cima e se prepara para disputar a sua primeira final olímpica de vôlei de praia ao lado da parceira Duda.

  • A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.

Apesar do sucesso nas quadras de areia, o vôlei não foi a primeira modalidade que ela tentou. Ela passou por futebol, handebol, natação...Tentou de tudo até conseguir encontrar o lugar para brilhar.

“O esporte apareceu na minha vida e, literalmente, me salvou. Eu sofria muito bullying, me achava inferior às pessoas porque eu era alta e recebia muitos xingamentos. Quando eu descobri o esporte, eu falei: ‘Poxa, eu sou boa nisso aqui, então eu sirvo pra alguma coisa’. Acho que matou um pouquinho essa coisa na minha cabeça que o bullying fazia de me inferiorizar, de não entender como ia ser a minha vida. E a partir do momento que eu conheci o esporte, ele passou a ser o amor da minha vida. Fiz futebol, fiz handbol, fiz natação, joguei peteca...”, contou em entrevista ao jornalistas após a classificação para final olímpica em Paris.

Durante uma edição de Jogos Escolares, Ana Patrícia sempre dava uma escada para dar uma olhada no vôlei. Como a sua escola não formava time, ela fica admirando as adversárias. Até que um dia foi notada por um treinador: “Por que você vem sempre aqui?”. A mineira contou sua história e foi convidada para fazer um teste em Betim, cidade a 707 km da sua terra natal.

Em um primeiro momento, foi difícil conseguir autorização do pai e da mãe, mas o destino deu uma forcinha e fez com que a mãe tivesse que cumprir um compromisso na cidade e levasse a filha após convencer o marido com “cara de cachorro abandonado”, segundo Ana Patrícia.

Ela se desenvolveu rápido, em poucos meses já foi chamada para treinar no centro da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), em Saquarema, no Rio de Janeiro. Com menos de quatro meses na modalidade, Ana Patrícia conquistou a medalha de ouro nos Jogos da Juventude ao lado da atual parceira Duda. Agora, elas esperam repetir o posto mais alto do pódio na capital francesa.

Fonte: Redação Terra
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