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Projeto fracassado da Superliga Europeia faz marcas dos clubes despencarem R$ 3,8 bilhões

Montante significa redução equivalente a 6% do poder para impulsionar o sucesso de novos negócios das equipes

18 mai 2021 - 15h10
(atualizado às 15h10)
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O projeto fracassado da Superliga Europeia prejudicou a força dos 12 clubes fundadores e derrubou em mais de 600 milhões de euros (R$ 3,8 bilhões) o valor total das marcas desses times, de acordo com o último relatório Brand Finance Football 50, que anualmente classifica as mais valiosos e mais fortes marcas de clubes de futebol do mundo. Esse montante significa uma redução equivalente a 6% do poder das marcas para impulsionar o sucesso dos negócios dos clubes.

O impacto na percepção do público foi bastante significativo. O Liverpool, por exemplo, perdeu o patrocínio da Tribus Watches e o mesmo ocorreu com o Manchester United em acordo de 200 milhões de libras (R$ 1,4 bilhão) com o The Hut Group.

Último relatório Brand Finance Football 50 aponta que projeto fracassado da Superliga faz marcas dos clubes despencarem R$ 3,8 bilhões
Último relatório Brand Finance Football 50 aponta que projeto fracassado da Superliga faz marcas dos clubes despencarem R$ 3,8 bilhões
Foto: Twitter/Brand Finance Football 50 / Estadão

"A origem e o fim da Superliga Europeia é uma história de branding. Os 12 clubes consideravam as suas marcas fortes e atrativas demais para serem sancionadas por outras associações e acima da pirâmide do futebol que valida o seu sucesso. No entanto, a comunicação, promoção e posicionamento do projeto foram mal executados, alimentando uma reação de todas as partes interessadas, levando à dissolução do grupo e resultando em danos dolorosos à marca", avalia Hugo Hensley, chefe de Serviços Esportivos da Brand Finance

Não afetado pelo fiasco da Superliga, o Bayern de Munique viu a sua marca se valorizar com os títulos da Bundesliga, Copa da Alemanha, Liga dos Campeões, Supercopa Europeia, Mundial de Clubes da Fifa e Supercopa da Alemanha. O valor da marca do clube passou para 1,06 bilhão de euros (R$ 6,7 bilhões), o que o coloca na 5.ª posição geral no ranking.

"O modelo de participação acionária do torcedor alemão de 50 + 1% significa que o torcedor é respeitado como o acionista final. Isso manteve o Bayern de Munique fora do fiasco da Superliga Europeia, enquanto o desempenho em campo aumentou ainda mais a força da marca. Este é um sinal positivo para o desempenho futuro do patrocínio, e o Bayern já é o clube de futebol com a maior receita comercial do mundo", diz Hensley.

O Real Madrid continua como a marca de clube de futebol mais valiosa do mundo pelo terceiro ano consecutivo, apesar de registrar uma queda de 10% no valor da marca para 1,27 bilhão de euros (R$ 8,1 bilhões). O clube ainda mantém uma ligeira vantagem à frente do arquirrival Barcelona, em segundo lugar, com um valor de marca de 1,26 bilhão de euros (R$ 8,06 bilhão), também caindo 10% este ano.

Logo atrás de Real e Barça, o Manchester United manteve o terceiro lugar, apesar de sofrer uma queda de 14% no valor da marca para 1,13 bilhão de euros (R$ 7,2 bilhões). Vizinhos e rivais, o Manchester City está agora apenas 1% atrás do United em valor de marca.

O impacto da pandemia da covid-19 nas marcas dos 50 principais clubes do mundo representou uma redução de 11,2% nos valores globais. Para calcular o valor da marca de um clube, o relatório Brand Finance Football 50 projeta receitas analisando o histórico, as previsões dos analistas de ações e as taxas de crescimento econômico.

VEJA O RANKING

  • Real Madrid - 1,276 bilhão de euros
  • Barcelona - 1,266 bilhão de euros
  • Manchester United - 1,130 bilhão de euros
  • Manchester City - 1,118 bilhão de euros
  • Bayern Munique - 1,068 bilhão de euros
  • Liverpool - 973 milhões de euros
  • Paris Saint-Germain - 887 milhões de euros
  • Chelsea - 769 milhões de euros
  • Tottenham - 723 milhões de euros
  • Arsenal - 675 milhões de euros
Estadão
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