O drible dos goleiros na área: Tiago Volpi provou do veneno
Falha do jogador do São Paulo foi determinante no tropeço contra o Ceará
Século e meio atrás, quando o futebol nascia, uma cartilha básica já frequentava as conversas dos jogadores antes, durante e depois das partidas: drible não é recurso à disposição de goleiros, principalmente quando estiver com a bola dentro da própria área. Tiago Volpi, 30 anos, não aprendeu a lição, em que pese sua experiência. Foi dele o fiasco do confronto entre São Paulo e Ceará, que terminou empatado por 1 a 1, na noite dessa quarta (10), no Morumbi.
Se vencesse, em razão da queda do Internacional para o Sport, o São Paulo voltaria à briga pelo título do Brasileiro. Mas não aproveitou a oportunidade e só não saiu derrotado por que, já nos acréscimos, Luciano conseguiu marcar.
Minutos antes, Volpi recebeu uma bola atrasada, dominou-a com calma e ficou sem saber o que fazer por instantes. Léo Chú, do Ceará, aproximou-se e o goleiro, em vez de despachar o instrumento de trabalho para longe dali, quis arriscar um drible na pequena área. O resultado da imprudência? Perguntem ao Hugo Souza, do Flamengo.
Sim, em novembro, quando Rogério Ceni, o ídolo do São Paulo, estreava como técnico do Flamengo exatamente contra o clube que o projetou, o goleiro do time carioca fez o mesmo diante de Brenner, o atacante do Tricolor paulista, na primeira partida entre ambos das quartas de final da Copa do Brasil.
Naquele clássico, no Maracanã, o lance culminou com a vitória do São Paulo por 2 a 1 e depois o Flamengo não conseguiu reverter a vantagem no Morumbi. Hugo assumiu o erro e teve de conviver com críticas ácidas por algumas semanas. O mundo girou e agora é a vez de Tiago Volpi passar pelo mesmo turbilhão, apesar de ótimas atuações que teve na temporada.
