Diretoria da CBF em queda de braço com federações estaduais
De um lado, diretores fazem o jogo de Del Nero; do outro, há os que defendem Rogério Caboclo
O afastamento temporário de Rogério Caboclo da presidência da CBF, acusado de assediar sexual e moralmente uma funcionária da entidade, passou a acirrar a disputa pelo comando do futebol brasileiro. Enquanto os dirigentes da confederação já fecharam questão a favor da saída de Caboclo, várias federações estaduais admitem que o atual mandatário está sendo alvo de prejulgamento, por interesses políticos.
Os presidentes das federações do Rio, Rubens Lopes, de São Paulo, Reinaldo Carneiro, e de Pernambuco, Evandro Carvalho, fazem parte deste grupo. Mas não são apenas eles. O Terra apurou que outras três federações do Nordeste, uma do Sul, uma do Centro-Oeste e uma do Norte também estão em rota de colisão com a diretoria da CBF.
Na verdade, a quase totalidade dessa diretoria é composta de homens que seguem de olhos fechados a cartilha de Marco Polo Del Nero, ex-presidente da confederação, banido pela Fifa do futebol em 2018 por escândalos de corrupção, e que mesmo assim mantém seu poder na entidade. Foi Del Nero quem alçou Caboclo ao posto máximo da CBF. Mas os dois estão rompidos e agora são adversários.
Em última análise, é preciso que haja concordância de pelo menos 75% das federações estaduais para um eventual desligamento definitivo de Caboclo. Essa é a questão que atormenta a diretoria. Caso esse número não seja alcançado numa Assembleia Geral Administrativa, Caboclo poderia voltar ao poder e, certamente, uma de suas primeiras decisões seria a de demitir todos (ou quase todos) os diretores.
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