Diretor: "Fair Play Financeiro não é movimento socialista"
Modelo já adotado na Europa obriga que clube de futebol gaste apenas o dinheiro que tiver
A adoção do Fair Play Financeiro passou a ser muito comentado no Brasil nos últimos após Palmeiras e Flamengo se destacarem no mercado nacional com a contratação de grandes jogadores e boas arrecadações. Com isso, teve muito torcedor acreditando que a regra é a única opção para o equilíbrio do futebol nacional.
No entanto, os especialistas ressaltam que o objetivo da medida, que já é adotada na Europa, é fazer com que os clubes gastarem apenas o dinheiro que tiverem. “O Fair Play Financeiro não é um movimento socialista, que busca o equilíbrio financeiro entre os clubes. Se você tem mais dinheiro, você vai gastar mais”, afirma Pedro Daniel, diretor-executivo da Ernst & Young, em entrevista ao time de conteúdo do Betway.
"O Fair Play Financeiro não foi criado para punir ninguém, nem criar sanções. Ele visa apenas o desenvolvimento sustentável, sem lavagem de dinheiro”, completa.
Maurício Corrêa, presidente da Comissão de Direito Esportivo do Instituto de Advogados Brasileiros, é otimista quanto a implementação da regra no Brasil: "A previsão é que seja implementado de maneira definitiva ainda esse ano”.
Na Europa, o Fair Play Financeiro surgiu como uma medida para impedir o aporte ilegal dos novos ricos, casos de Manchester City, Chelsea, PSG, entre outros, todos clubes adquiridos por milionários.
O Manchester City chegou a ser punido por duas temporadas de todas as competições europeias pela Uefa por não respeitar as diretrizes. Porém, o clube recorreu ao CAS (Corte Arbitral do Esporte) e conseguiu reverter a punição. Com isso, Pep Guardiola e seus jogadores estarão na Liga dos Campeões da próxima temporada.