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CBF afasta Caboclo de vez e tem intervenção em dia tenso

Diretor mais idoso da entidade deve assumir a presidência temporariamente

25 fev 2022 - 08h50
(atualizado às 09h36)
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CBF passa por período de indefinição
CBF passa por período de indefinição
Foto: Silvio Alves Barsetti

Em decisão que teve o voto favorável de 26 das 27 federações estaduais de futebol, Rogério Caboclo foi afastado definitivamente da presidência da CBF nesta quinta (24). Ele era acusado de assédio moral contra um diretor da entidade, Fernando França – o que sempre negou. Quase que no mesmo instante da assembleia, o Superior Tribunal de Justiça determinou a intervenção na confederação.

Esse imbróglio todo está associado à briga pela sucessão de Caboclo. Um dos vices atuais da CBF, Gustavo Feijó, que quer ocupar o cargo máximo da entidade, contou a seus pares que passou os últimos dias tentando articular nos bastidores a medida tomada pelo STJ. Feijó costuma dizer na própria CBF que é muito amigo do presidente do tribunal, Humberto Martins, relatando que já saiu com o ministro algumas vezes para comerem pururuca.

Outro vice da CBF, Castellar Guimarães, aliado de Feijó, esteve nesta semana em Brasília para pressionar parlamentares a darem sustentação política à intervenção, segundo o Terra apurou.

Feijó e Castellar foram assim na contramão do que entendem a grande maioria das federações e os outros vices da CBF, que estavam dispostos a dar continuidade ao processo para a escolha do substituto de Caboclo sem a interferência da justiça comum.

Pela sentença de Humberto Martins, fica anulada a assembleia realizada em março de 2017 pela CBF, na qual as federações estabeleceram o peso do colégio eleitoral para as eleições na confederação. Ele também determina que o diretor mais idoso assuma a presidência da entidade no lugar de Ednaldo Rodrigues, que está no posto interinamente desde agosto de 2021 - até o início desta sexta o nome desse dirigente não havia sido divulgado.

A decisão prevê ainda a convocação das 27 federações e dos 40 clubes das Séries A e B para votação a respeito de alteração estatutária. Só a partir disso seria marcada uma eleição para a definição do novo presidente da CBF.

Afastado por força de uma segunda punição (a anterior fora por acusação de assédio sexual, também refutada por ele), Caboclo emitiu nota oficial sobre o que decidiu a assembleia.

“O presidente da CBF, Rogério Caboclo, mais uma vez, recebe com indignação e inconformismo a decisão final da Assembleia Geral em referendar, na tarde desta quinta-feira, a suspensão sugerida pela Comissão de Ética da entidade.”

No documento, ele destaca que a medida “trata-se de uma decisão ilegal, injusta e política”, da qual vai recorrer.

A nota enfatiza que a defesa de Caboclo “tomará todas as medidas cabíveis para garantir” que ele volte a reassumir suas funções na entidade. Por fim, dá espaço a uma declaração de seu advogado, Marcelo Jucá. “A Assembleia Geral da CBF, hoje, chancelou uma decisão absolutamente nula. Não existem fundamentos que tragam qualquer relação entre o que foi dito na acusação inicial do diretor e a decisão da comissão em condená-lo.”

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