PUBLICIDADE
Logo do Flamengo

Flamengo

Favoritar Time

Mundial de Clubes começa nesta quarta com Brasil querendo ser protagonista

11 dez 2019 - 08h12
(atualizado às 11h55)
Compartilhar
Exibir comentários

O Mundial de Clubes da Fifa começa nesta quarta-feira tendo o Catar como casa. O Al-Sadd, time da casa, encara o modesto Hienghène Sport, da Nova Caledônia, campeão da Oceania. Porém, os grandes destaques são o Liverpool da Inglaterra e o representante sul-americano, o Flamengo. O Brasil volta ao torneio pela primeira vez depois de muitos anos com, para muitos especialistas, chances reais de ser campeão. Isso porque o Rubro-Negro, dirigido pelo técnico português Jorge Jesus, tem se aproximado ao que melhor se exige no futebol europeu.

Desde que o Corinthians derrotou o Chelsea na final de 2012 que o futebol brasileiro não chega com tão boas condições. Isso porque o Atlético-MG foi muito mal em 2013, caindo nas semifinais, e o Grêmio de 2017 não dava pinta de que poderia superar o Real Madrid, o que de fato não aconteceu.

"A nossa expectativa é a de um torneio muito empolgante, como sempre merece ser o Mundial de Clubes. Vai ser uma festa do futebol e acredito em uma edição marcada pelo equilíbrio. No ano passado se falava em final entre River Plate e Real Madrid e o River foi surpreendido. Isso mostra que estamos conseguindo tornar a competição realmente universal, que é o sentido desta disputa", disse o italiano Giovanni Infantino, presidente da Fifa.

Além de Flamengo, Liverpool, Al-Sadd, Hienghène Sport, disputam o Mundial o Al Hilal, da Arábia Saudita, campeão da Ásia, o Esperance da Tunísia, campeão africano, e o campeão da Concacaf, o Monterrey do México.

HISTÓRIA: O MUNDO ENTROU EM 2000

Entre 1960 e 1999 o Mundial de Clubes era disputado apenas entre representantes da Europa e da América do Sul. Até 1979 era um jogo na América do Sul e outro na Europa. A partir de 1980, como ganhou o patrocínio de uma fábrica japonesa de automóvel, o torneio passou a ser disputado em um único jogo no Japão, conhecido como Copa Toyota. Até então a Fifa não dava seu aval e não considerava a taça como oficial.

Diante disso, em 2000, a entidade máxima do futebol mundial decidiu organizar o torneio, dessa vez com a presença de todos os continentes e a sede inicial foi o Brasil. O Corinthians ficou com a taça após bater o Vasco numa final brasileira, mas os europeus, que já não curtiam o modelo anterior, passaram a boicotar a competição, que sofreu para conseguir uma segunda edição em 2005.

E foi em 2005 que a Fifa, colocando muito dinheiro para atrair os europeus e escolhendo o Japão como sede para não criar maiores problemas com o antigo patrocinador e acabar com o modelo anterior, conseguiu se considerar a dona do Mundial de Clubes, que passou a levar seu nome. Em troca a entidade passou a considerar como oficial as conquistas desde 1960 e deu mais ânimo aos participantes.

Jurgen Klopp é a grande explicação do sucesso do Liverpool, que ganhou a Liga dos Campeões da Europa em uma final inglesa com o Tottenham. O treinador alemão, apontado como um dos melhores do mundo, consegue tirar o máximo de seus jogadores.

O favoritismo é inevitável, afinal de contas, o líder do Campeonato Inglês tem esbanjado um futebol envolvente nos últimos anos.

"Procuramos nos manter em um grande nível em todas as competições e no Mundial de Clubes não vai ser diferente. Meus jogadores estão com brilho nos olhos para jogarem este Mundial e minha expectativa é positiva", disse Klopp.

O goleiro Alisson é a segurança do time no setor defensivo. Porém, o que mais faz a torcida estar confiante é o poderoso trio ofensivo composto por Roberto Firmino, Sadio Mané e Mohamed Salah. Porém, o time perdeu o volante brasileiro Fabinho, que rompeu os ligamentos do tornozelo direito.

TIME-BASE: Alisson, Trent Alexander-Arnold, Virgil Van Dijk, Dejan Lovren e Andy Robertson; Jordan Henderson, Georginio Wijnaldum e Alex Oxlade Chamberlain; Roberto Firmino, Sadio Mané e Mohamed Salah

Técnico: Jurgen Klopp

MONTERREY

O Monterrey do México ganhou a Liga dos Campeões da Concacaf em uma final caseira com o Tigres. Na visão de jornalistas internacionais, trata-se do time que pode surpreender Liverpool e Flamengo no torneio.

"Nós vamos pensar em dar um passo de cada vez. Não podemos falar em Liverpool ou Flamengo se não chegamos nem nas semifinais", procurou acalmar o técnico Antonio Mohamed.

Antonio Mohamed conta em seu elenco com jogadore qualificados, porém, a dupla de ataque, composta por Dorlan Pabón e Rogelio Funes Mori, chama muita atenção.

TIME-BASE: Marcelo Barovero, Stefan Medina, Nicolás Sánchez, Miguel Layun e Jesus Gallardo; Maximiliano Meza, Celso Ortiz, Carlos Rodríguez e Rodolfo Pizarro; Dorlan Pabón e Rogelio Funes Mori

Técnico: Antonio Mohamed

AL HILAL

O Al Hila da Arábia Saudita fez uma grande Copa da Liga da Ásia e derrotou com autoridade na decisão o Urawa Reds do Japão. O técnico romeno Razvan Lucescu conseguiu impor um estilo de forte marcação sem a posse de bola, mas com ataque em bloco quando a mesma é recuperada.

"Nós conseguimos encontrar equilíbrio entre os setores e isso que faz deste time um verdadeiro sucesso", disse Razvan Lucescu.

O Al Hilal tem como seu grande destaque o centroavante francês Bafétimbi Gomis, artilheiro da Liga da Àsia com 11 gols. O volante colombiano Gustavo Cuéllar, que recentemente deixou o Flamengo, garante a marcação no meio-de-campo, que conta com o meia brasileiro Carlos Eduardo.

TIME-BASE: Abdullah Almuaiouf, Mohammed Alburayk, Ali Albulayhi, Jang Hyunsoo e Yasser Alshahrani; Gustavo Cuéllar, Sebastian Giovinco, Carlos Eduardo e Salem Al-Dawsari; André Carrillo e Bafétimbi Gomis

Técnico: Razvan Lucescu

ESPÉRANCE

O Espérance da Tunísia é o representante da África no Mundial de Clubes da Fifa. Ele conquistou a Liga dos Campeões do continente sob o comando do técnico Mouine Chaabani, identificado com o clube que defendeu nos tempos de jogador.

Esta será a segunda vez seguida que o Espérance chega ao torneio, sonhando em surpreender.

"Nós podemos mostrar um futebol que agrade, porém, sabemos que precisamos, para isso, apresentar um futebol alegre, que é o que se espera dos representantes africanos", analisou o treinador.

A estrela da companhia é o artilheiro Anice Badri, que representou a seleção da Tunísia na Copa do Mundo da Rússia. Ele forma um trio perigoso com Taha Yassine Khenissi e Youcef Belaili

TIME-BASE: Moez Ben Cherifia, Sameh Derbali, Iheb Mbarki, Khalil Chemmam e Raed Fadaa; Ali Ben Romdhan, Fousseny Coulibaly e Fedi Ben Choug; Taha Yassine Khenissi, Anice Badri e Youcef Belaili

Técnico: Mouine Chaabani

HIENGHÈNE SPORT

Quando Felix Tagawa, nascido no Taiti, assumiu o comando do Hienghène Sport, todos poderiam esperar algo de bom. Afinal de contas, ele foi um dos maiores jogadores da história da Oceania. E de fato isso acontece com a conquista da Liga dos Campeões da Oceania.

O time, que usa uma camisa bem parecida com a da seleção da Argentina, é o mais modesto do Mundial, porém, seu treinador ver chegar ao torneio como uma vitória.

"Ninguém imaginava um time da Nova Caledônia em um Mundial de Clubes e nós estamos aqui, mostrando que existe bom futebol na Oceania. Vamos enfrentar times com grandes investimentos, porém, estamos felizes e vamos colocar esta alegria em campo", disse Felix.

A estrela da companhia é o artilheiro Bertrand Kai.

TIME-BASE: Rocky Nyikeine, Williams Yentao, Bruno Hyanem, Roy Kayara e Yvannoe Bamy; Jordan Dinet, Camargo Dos Santos, Geordy Gony e Miguel Kayara; Amy Antoine Roine e Bertrand Kai

Técnico: Felix Tagawa

AL-SADD

O Al-Sadd participa do Mundial de Clubes por ser o representante do Catar, país anfitrião. Porém, sua participação gera grande curiosidade, pois ele é liderado pelo ex-craque espanhol Xavi Hernández.

"Procuramos passar aos jogadores a necessidade de um futebol de habilidade, de toques de bola, de inteligência ao se pensar o que vai fazer quando tem a posse. E o resultado tem sido bem agradável", explicou o espanhol.

O bom funcionamento do time passa por dois sul-coreanos que dão ritmo ao meio-de-campo. Nam Tae-Hee e Jung Woo-Young ajudam a municiar um ataque que conta com o oportunismo do argelino Baghdad Bounedjah. O time é bem competitivo, pois tem a base da seleção do Catar que conquistou a Copa da Ásia este ano.

TIME-BASE: Saad Al-Shaib, Pedro Miguel, Tarek Salman, Abdul Karim Hassan e Boualem Khoukhi; Salem Al-Hajri, Nam Tae-Hee e Jung Woo-Young; Hassan Al-Haidus, Akram Afif e Baghdad Bounedjah

Técnico: Xavi Hernández

RELAÇÃO DE CAMPEÕES

ANO CAMPEÃO VICE PLACARES

1960 Real Madrid (Espanha) Peñarol (Uruguai) 0-0; 5-1

1961 Peñarol (Uruguai) Benfica (Portugal) 0-1; 5-0; 2-1

1962 Santos (Brasil) Benfica (Portugal) 3-2; 5-2

1963 Santos (Brasil) Milan (Itália) 2-4; 4-2; 1-0

1964 Internazionale (Itália) Independiente (Argentina) 0-1; 2-0; 1-0 *

1965 Internazionale (Itália) Independiente (Argentina) 3-0; 0-0

1966 Peñarol (Uruguai) Real Madrid (Espanha) 2-0; 2-0

1967 Racing (Argentina) Celtic Glasgow (Escócia) 0-1; 2-1; 1-0

1968 Estudiantes (Argentina) Manchester United (Inglaterra) 1-0; 1-1

1969 Milan (ItáliaEstudiantes (Argentina) 3-0; 1-2

1970 Feyenoord (Holanda) Estudiantes (Argentina) 2-2; 1-0

1971 Nacional (Uruguai) Panathinaikos (Grécia) 1-1; 2-1

1972 Ajax (Holanda) Independiente (Argentina) 1-1; 3-0

1973 Independiente (Argentina) Juventus (Itália) 1-0

1974 Atlético de Madrid (Espanha) Independiente (Argentina) 0-1; 2-0

1975 Não foi disputada

1976 Bayern de Munique (Alemanha) Cruzeiro (Brasil) 2-0; 0-0

1977 Boca Juniors (Argentina) Borussia Möenchengladbach (Alemanha) 2-2; 3-0

1978 Não foi disputada

1979 Olímpia (Paraguai) Malmöe (Suécia) 1-0; 2-0

1980 Nacional (Uruguai) Nottingham Forest (Inglaterra) 1-0

1981 Flamengo (Brasil) Liverpool (Inglaterra) 3-0

1982 Peñarol (Uruguai) Aston Villa (Inglaterra) 2-0

1983 Grêmio (Brasil) Hamburgo (Alemanha) 2-1 *

1984 Independiente (Argentina) Liverpool (Inglaterra) 1-0

1985 Juventus (Itália) Argentinos Juniors (Argentina) 2-2 (4-2) **

1986 River Plate (Argentina) Steaua Bucareste (Romênia) 1-0

1987 Porto (Portugal) Peñarol (Uruguai) 2-1 *

1988 Nacional (Uruguai) PSV Eindhoven (Holanda) 2-2 (7-6) **

1989 Milan (Itália) Atlético Nacional (Colômbia) 1-0 *

1990 Milan (Itália) Olímpia (Paraguai) 3-0

1991 Estrela Vermelha (Iugoslávia) Colo Colo (Chile) 3-0

1992 São Paulo (Brasil) Barcelona (Espanha) 2-1

1993 São Paulo (Brasil) Milan (Itália) 3-2

1994 Vélez Sarsfield (Argentina) Milan (Itália) 2-0

1995 Ajax (Holanda) Grêmio (Brasil) 0-0 (4-3) **

1996 Juventus (Itália) River Plate (Argentina) 1-0

1997 Borussia Dortmund (Alemanha) Cruzeiro (Brasil) 2-0

1998 Real Madrid (Espanha) Vasco (Brasil) 2-1

1999 Manchester United (Inglaterra) Palmeiras (Brasil) 1-0

2000 Boca Juniors (Argentina) Real Madrid (Espanha) 2-1

2000 Corinthians (Brasil)**** Vasco (Brasil) 0-0 (4-3) **

2001 Bayern de Munique (Alemanha) Boca Juniors (Argentina) 1-0 *

2002 Real Madrid (Espanha) Olímpia (Paraguai) 2-0

2003 Boca Juniors (Argentina) Milan (Itália) 1×1-(3×1) **

2004 Porto (Portugal) Once Caldas (Colômbia) 0-0 (8×7) **

2005 São Paulo (Brasil)**** Liverpool (Inglaterra) 1-0

2006 Internacional (Brasil) Barcelona (Espanha) 1-0

2007 Milan (Itália) Boca Juniors (Argentina) 4-2

2008 Manchester United (Inglaterra) LDU (Equador) 1-0

2009 Barcelona (Espanha) Estudiantes (Argentina) 2-1

2010 Internazionale (Itália) Mazembe (Congo) 3-0

2011 Barcelona (Espanha) Santos (Brasil) 4-0

2012 Corinthians (Brasil) Chelsea (Inglaterra) 1-0

2013 Bayern de Munique (Alemanha) Raja Casablanca (Marrocos) 2-0

2014 Real Madrid (Espanha) San Lorenzo (Argentina) 2-0

2015 Barcelona (Espanha) River Plate (Argentina) 3 x 0

2016 Real Madrid (Espanha) Kashima Antlers (Japão) 4×2

2017 Real Madrid (Espanha) Grêmio (Brasil) 1×0

2018 Real Madrid (Espanha) Al Ain (EUA) 4×1

* Definido na prorrogação

** Definido nos pênaltis

*** Ano de início da disputa no Japão (Copa Toyota), com uma única partida final

**** Mundial de Clubes da FIFA

TÍTULOS POR CONTINENTE:

Europa: 31

América do Sul: 25

TÍTULOS POR PAÍS:

ESPANHA: 11

BRASIL: 10

ARGENTINA: 9

ITÁLIA: 9

URUGUAI: 6

ALEMANHA: 4

HOLANDA: 3

PORTUGAL: 2

INGLATERRA: 2

IUGOSLÁVIA: 1

PARAGUAI: 1

TÍTULOS POR EQUIPES:

REAL MADRID: 7

MILAN: 4

BARCELONA: 3

SÃO PAULO: 3

BAYERN DE MUNIQUE: 3

BOCA JUNIORS: 3

PEÑAROL: 3

NACIONAL: 3

INTER DE MILÃO: 3

SANTOS: 2

INDEPENDIENTE: 2

JUVENTUS: 2

AJAX: 2

PORTO: 2

MANCHESTER UNITED: 2

CORINTHIANS: 2

GRÊMIO: 1

FLAMENGO: 1

INTERNACIONAL 1

RIVER PLATE: 1

RACING: 1

VÉLEZ SARSFIELD: 1

ESTUDIANTES: 1

ATLÉTICO DE MADRID: 1

OLIMPIA: 1

FEYENOORD: 1

BORUSSIA DORTMUND: 1

ESTRELA VERMELHA: 1

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
Compartilhar
Publicidade
Publicidade