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Jogador do Flamengo se torna réu por estelionato

Atleta é incluído em nova acusação após decisão unânime do TJDFT; processo por fraude esportiva já corria desde julho

4 dez 2025 - 16h18
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Photo by Wagner Meier/Getty Images
Photo by Wagner Meier/Getty Images
Foto: Esporte News Mundo

A Terceira Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) acatou, por unanimidade, o recurso do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e decidiu tornar Bruno Henrique, atacante do Flamengo, réu por estelionato. A informação foi confirmada pelos jornalistas Lucas Magalhães e Leonardo Lourenço, do Globo Esporte.

A decisão amplia o escopo da investigação que já tramitava contra o jogador, que desde julho responde também por fraude esportiva.

O entendimento dos desembargadores é de que há elementos suficientes para incluir Bruno Henrique e outros envolvidos, entre eles o irmão do atleta, Wander Nunes Pinto Júnior, a cunhada Ludymilla Araújo Lima e mais seis pessoas, na acusação relativa ao crime de estelionato.

Caso sejam condenados, os réus podem receber penas que variam de um a cinco anos de prisão.

Em primeira instância, o juiz Fernando Brandini Barbagalo havia rejeitado a denúncia por estelionato. Ele considerou que a representação não apresentava provas mínimas para configurar o crime, já que, segundo a defesa, as casas de apostas supostamente lesadas não haviam formalizado denúncia, o que, na visão dos advogados, inviabilizaria a acusação.

O entendimento, contudo, foi revertido no julgamento desta quinta-feira (4). O relator do processo, desembargador Demétrius Gomes, afirmou que a comunicação enviada ao MP pela International Betting Integrity Agency (IBIA), entidade internacional que monitora integridade em apostas, possui legitimidade para representar as casas de apostas atingidas.

"As empresas vítimas demonstraram interesse na punição dos investigados. Essa colaboração ativa e tempestiva afasta qualquer argumento de inércia da representação", afirmou o magistrado.

O tribunal, porém, negou outro pedido do MPDFT: o pagamento de uma fiança de R$ 2 milhões. Os desembargadores avaliaram que Bruno Henrique não apresenta risco de fuga, descartando a necessidade de medidas cautelares no momento.

Paralelamente ao processo criminal, o atacante já havia sido julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) no início de novembro. O órgão decidiu pela aplicação de multa máxima, de R$ 100 mil, mas liberou o jogador para seguir atuando, encerrando o caso no âmbito esportivo.

Na ocasião, o advogado Michel Assef Filho afirmou que a análise detalhada permitiu diferenciar a conduta atribuída ao atleta de outros escândalos recentes, como os investigados na Operação Penalidade Máxima.

Segundo o MPDFT, Bruno Henrique seria parte de um esquema para manipular um evento específico de aposta: o recebimento de um cartão na partida entre Flamengo e Santos, pelo Brasileirão de 2023, disputada em Brasília. A denúncia aponta que o atleta teria sido advertido de maneira proposital, beneficiando apostadores ligados a ele.

A partida terminou com duas punições ao atacante: um cartão amarelo por agressão a um adversário nos instantes finais e, já após o apito final, o cartão vermelho por ofensa ao árbitro.

O processo inclui relatórios que descrevem comportamento atípico nas plataformas de apostas. Entre os pontos destacados estão o volume incomum de palpites envolvendo advertência ao jogador e o uso de contas recém-criadas, muitas delas registradas na cidade natal de Bruno Henrique, Belo Horizonte. Plataformas como Kaizen Gaming, GaleraBet e KTO constam nos documentos como originadoras dos alertas.

Com a nova imputação, Bruno Henrique passa a responder simultaneamente pelos crimes de fraude esportiva e estelionato. O caso segue em tramitação no Tribunal de Justiça do Distrito Federal, ainda sem data definida para audiência.

O Flamengo não se manifestou até o momento.

Esporte News Mundo
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