Flamengo tem muitos adversários no Intercontinental
Caminho para estar na decisão, diante do Paris Saint-Germain, reserva neste ano o Cruz Azul, do México, e o Pyramids, do Egito
Campeão brasileiro e da Libertadores da América, o Flamengo embarcou neste sábado (6/12) para o Catar, tendo como objetivo a cereja do bolo de uma temporada inesquecível: o Intercontinental de Clubes. O caminho para estar na decisão, diante do Paris Saint-Germain, reserva neste ano o Cruz Azul, do México, e o Pyramids, do Egito.
O cansaço e a exaustiva temporada também são fortes adversários da equipe rubro-negra. Os jogadores chegam à competição massacrados por um calendário insano e por um enorme desgaste na luta que levou aos recentes títulos.
A tarefa do Flamengo é das mais difíceis, mas está longe de ser impossível, apesar de o PSG já ter a vaga assegurada na decisão. O time comandado por Filipe Luís tem muita qualidade e pode, sim, encarar de frente esse enorme desafio. O Mundial de Clubes, em meados deste ano, também mostrou isso. Afinal, num momento melhor na temporada, a equipe francesa perdeu para o Botafogo, à época campeão brasileiro e da Libertadores.
O que é inadmissível no Intercontinental é o rebaixamento do futebol sul-americano. Com a total subserviência da Conmebol, a partir deste ano, o campeão do continente precisa fazer um jogo a mais para ter a possibilidade de enfrentar o detentor do título europeu, que estará lá, fresquinho, somente à espera da final.
Esportivamente, não há o que justifique o fato de uma equipe ter tanta vantagem num torneio. Isso apequena a competição e desmerece até mesmo a conquista. Se o Intercontinental já era tratado com desdém pelos europeus, agora virou mesmo uma espécie de amistoso com taça e carimbo da Fifa. Já para o futebol sul-americano, por tantas dificuldades, torna-se uma façanha digna de todas as comemorações.
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