Fla continua sem convencer e segue sob alerta

O baixo nível técnico do Carioca pode iludir muita gente, tal a disparidade entre o Flamengo, por exemplo, e a maioria dos demais participantes. Contra equipes de menor porte, o time de Paulo Sousa até que já conseguiu um destaque a mais – como na goleada por 5 a 0 sobre o Bangu na semana passada. Mas, diante de adversários um pouco melhores, como o Vasco, o desempenho do Flamengo deixa a desejar.

Foi assim nas duas partidas pela semifinal, exatamente contra o rival de São Januário, nas quais o Fla venceu por 1 a 0. Na quarta-feira (16), o placar foi conquistado meio que no sufoco, graças a um pênalti marcado por Gabigol. Nesse domingo (20), Willian Arão aproveitou uma chance na pequena área e concluiu a jogada com êxito. Até então, os principais lances de perigo no clássico do Maracanã tinham sido criados pelo Vasco, hoje na Série B do Brasileiro.

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Paulo Sousa demora a definir seu time titular e isso reflete em atuações sem brilho do Flamengo. Tanto rodou a equipe, escalando quase 30 jogadores em menos de dez partidas, que acabou criando uma instabilidade no grupo. Prova disso foi protagonizada por Pedro nesse segundo confronto decisivo com o Vasco. Com ansiedade fora do comum para fazer um gol, ele desperdiçou uma chance de ouro para brigar por uma vaga no ataque.

Há outra constatação óbvia. Sem uma escalação fixa, com mudanças na lista dos 11 escolhidos a cada jogo, perde-se em entrosamento, o que deixa o Flamengo em desvantagem com relação a seus grandes oponentes em 2022 – no caso, Palmeiras e Atlético-MG. O time rubro-negro segue como favorito no Carioca, em busca do inédito tetracampeonato. Mas ainda não está preparado para os desafios da Libertadores e do Brasileiro.