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Empresa cotada para injetar US$ 1 bi no Corinthians não é uma instituição bancária
A GSP está registrada exclusivamente como uma empresa de factoring na Receita Federal, o que contraria as declarações feitas pelo candidato à presidência do clube sobre um investimento bilionário
A GSP Banco de Fomento Mercantil Ltda, mencionada por André Castro, candidato à presidência do Corinthians, como uma possível investidora de US$ 1 bilhão no clube, não está registrada como banco, nem como instituição financeira, como foi afirmado por ele em entrevistas.
De acordo com o registro da Receita Federal, a empresa, fundada em 3 de dezembro de 2010 e com sede em Goiânia (GO), tem como atividade principal o fomento mercantil (factoring). Factoring é uma modalidade comercial em que uma empresa compra créditos a receber de outra e paga à vista, com um desconto. Assim, a factoring antecipa o pagamento ao vendedor e, em troca, fica com o direito de cobrar a dívida futuramente.
Exemplo: uma loja com R$ 1 milhão a receber pode recorrer a uma factoring, que paga R$ 800 mil à vista e assume o direito de cobrar o valor total de R$ 1 milhão. O lucro da factoring é a diferença de R$ 200 mil.
A principal diferença entre bancos e factorings é que enquanto os bancos lidam com o dinheiro de terceiros, as factorings utilizam seu próprio capital. Além disso, uma factoring não é regulamentada pelo Banco Central. Sendo assim, caso haja problemas com uma sociedade de fomento mercantil, a legislação aplicável é o Código de Defesa do Consumidor, já que a empresa não é considerada banco, instituição financeira ou empresa de pagamento.
