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Fernando Santos
Quarta-feira, 26 Junho de 2002, 21h50
terraesportes@terra.com.br

Nenê Ewing


Nenê no New York Knicks! Uma escolha brilhante para o pivô brasileiro, que entra na NBA através de uma das mais tradicionais equipes da liga. E poderá se sentir em casa: afinal, o Knicks tem uma torcida fanática, muito semelhante à do futebol brasileiro. E, ao mesmo tempo, exigente. Não falta cobrança. Por outro lado, se tiver sucesso, como se imagina, será logo idolatrado.

Não é exagero afirmar que Nenê foi recrutado no draft para ser o sucessor do grande Patrick Ewing, o pivô que fez história em Nova York, mas não conseguiu chegar ao título (passou perto, no vice de 94 quando foi derrotado pelo Houston Rockets de Hakeen Olajuwon após estar vencendo a série final por 3 a 2).

O Knicks é um time em crise. Encerrou a temporada 2001-2002 com a péssima campanha de apenas 30 vitórias e 52 derrotas. Foi o sétimo colocado na Divisão do Atlântico e, pela primeira vez desde 1987, não conseguiu a classificação aos playoffs. Não ganha o título desde 1973.

O assistente Don Chaney assumiu o time durante a temporada, após o técnico Jeff Van Ghandy pedir demissão, cansado pela falta de aplicação de seus milionários jogadores. Mesmo tendo a maior despesa salarial da liga, cerca de US$ 82 milhões por ano, o time não honrou o pagamento na quadra.

Nenê terá a chance de brilhar ao lado de algumas estrelas da NBA, como os alas Allan Houston e Latrell Sprewell. Ele, provavelmente, irá disputar posição com o também estrela Marcus Camby e o veterano Kurt Thomas. Se estiver disposto a ousar, o técnico Don Chaney por deixar Thomas no banco e dar chance ao brasileiro. Não será surpresa também se ele ganhar a vaga de Camby, que passou o último campeonato envolvido com contusões.

Se quiser usar o brasileiro como pivô, e não como ala-de-força, o Knicks também não tem o que temer. Os três pivôs da equipe são medíocres: Felton Spencer, Othella Harrington e o ex-Lakers Travis Knight. Três jogadores que podem até mesmo ser negociados neste período de transações na liga.

Apesar de ser um time à beira do abismo, Nenê só tem o que comemorar. Foi muito melhor do que ser escolhido por Golden State Warriors, Denver Nuggets ou Cleveland Cavaliers, onde suas chances de projeção seriam muito menores.

O que Nenê precisa, neste momento, é de muita paciência. Dele e da equipe do Knicks. Com apenas 19 anos, tem um futuro enorme pela frente. Basta desenvolver seu enorme potencial e, quem sabe, em pouco tempo poderá fazer a torcida de Nova York esquecer, pelo menos por alguns instantes, de Patrick Ewing. Por hora, pode comemorar a sétima escolha no draft, um marco do basquete brasileiro!

 

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