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Fernando Santos
Domingo, 19 Maio de 2002, 15h24
terraesportes@terra.com.br

O estrategista


Como explicar o recorde histórico de 12 vitórias consecutivas fora de casa em playoffs, 24 vitórias nos últimos 26 jogos (também de playoffs), ou seis vitórias nas últimas sete partidas em Sacramento, time de melhor campanha na atual temporada da NBA? Nem Shaq, nem Kobe. A explicação atende pelo nome de Phil Jackson.

O técnico do Los Angeles Lakers se armou para enfrentar neste sábado, no primeiro jogo da finais da Conferência Oeste, um adversário com média de 113 pontos na série semifinal contra o Dallas Mavericks. Um rival mordido por ter sido eliminado dos playoffs nos dois últimos anos, sendo que em 2001 por 4 jogos a 0. Nada disso amedrontou o treinador, nem mesmo os ensurdecedores torcedores da capital da Califórnia, conhecidos como "cowbells", em razão de seus sinos de vaca.

Phil Jackson precisou de apenas um período para tirar do Kings o mando de quadra e abrir caminho para o Lakers chegar à terceira decisão consecutiva da NBA. Afinal, nenhum técnico tem melhor retrospecto em playoffs do que ele. O que já é suficiente para colocar o Lakers em vantagem na série.

O guru, zen ou master, chame como quiser, anulou o Kings de forma simples: uma marcação eficiente na cabeça do garrafão, nada de dupla-marcação no ala Chris Webber e esforço concentrado para impedir as infiltrações do armador Mike Bibby. O resultado foi um massacre no primeiro período: 36 a 22, vantagem que foi administrada até o final.

O Sacramento e seu poderoso ataque foi limitado a míseros 45 pontos no primeiro tempo. É verdade que o time não contou com o ala Peja Stoijkovic, com o tornozelo lesionado. Em seu lugar, o turco Turkoglu errou todos os oito arremessos que tentou. Em boa parte da partida, ele foi marcado por Rick Fox, um dos mais eficientes nesta missão em jogos decisivos.

A série final do Oeste é tida como a verdadeira decisão da NBA. O Sacramento aparecia como favorito, em razão da melhor campanha em todo o campeonato. Mas já foi alertado nesta coluna que o Lakers tinha a vantagem no confronto direto: a vitória deste sábado foi a quarta em cinco jogos na temporada.

O Kings surgia, realmente, como a força mais ameaçadora ao tricampeonato da equipe de Los Angeles. Porém, caiu na armadilha de Phil Jackson e abusou da lei da reclamação, transferindo a responsabilidade de seus próprios erros para a arbitragem. O trio deste sábado cometeu erros, como reverter uma cotovelada de Kobe Bryant no nariz de Doug Christie, mas também errou contra o Lakers. Querer culpar os juízes pela derrota é a maneira mais simples para explicar o banho tático em Sacramento.

Frase do dia

Do ala canadense Rick Fox, logo após a partida, ao comentar os 112 decibéis registrados no Arco Arena, tido como o ginásio mais barulhento da América: "Foi algo interessante: o público bateu o recorde de barulho (antes do início do jogo), mas cinco minutos depois era o público mais silencioso do mundo".

A despedida de Oscar

Se repetir o desempenho da partida desta sexta-feira, o Flamengo pode preparar a festa de despedida de Oscar para terça, quando está marcado o terceiro jogo da série contra o Ribeirão nos playoffs do Campeonato Nacional. O cestinha ainda não desistiu, ou pelo menos não renunciou, da idéia de deixar o basquete assim que termine sua participação no torneio, o que parece bem próximo, levando-se em consideração a partida disputada no Rio. E os dois próximos jogos serão no interior paulista. O segundo da série será neste domingo, quando o clube carioca tentará prorrogar a aposentadoria do Mão Santa.

 

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