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Fernando Santos
Segunda-feira, 18 Junho de 2001, 18h08
terraesportes@terra.com.br

Quem pára o Lakers?


Pelo menos 250 mil pessoas tiveram uma segunda-feira feliz. Afinal, elas ouviram mais uma promessa de Shaquille O'Neal. Ao abrir o desfile nas ruas de Los Angeles, Shaq se comprometeu a conquistar o tricampeonato da NBA no próximo ano. E se ele disse, é bom levar a sério. No ano passado, após ganhar seu primeiro anel de campeão, a promessa do bi também foi feita. E cumprida.

Com a melhor campanha de toda a história dos playoffs (apenas uma derrota em 16 jogos), é possível imaginar uma equipe capaz de impedir o tri? Essa é a pergunta que se faz após as quatro vitórias seguidas sobre o Philadelphia 76ers na série final.

O Lakers enfrentou os maiores adversários possíveis. Arrasou a todos. Ninguém conseguiu parar a dupla Shaq e Kobe. Muito menos foram capazes de desvendar o segredo dos triângulos. Afinal, se um dos dois gigantes era marcado, sobrava sempre alguém livre para dar o golpe fatal, geralmente da linha dos três pontos. O Philadelphia conhece muito bem essa estratégia, que permitiu dar brilho a coadjuvantes como Robert Horry, Derek Fisher, Rick Fox e Brian Shaw nas finais.

Então, como parar o Lakers? Acho que, na condição atual das equipes da liga, só é possível com uma seleção. E com um pouco de sorte.

Minha sugestão para deter o Lakers é escalar um armador ágil, que saiba distribuir a bola e arremessar: Nick Van Excel. Dois alas com pontaria afiada: Allen Iverson e Ray Allen. Não poderiam faltar dois gigantes no garrafão. Depois do vexame de Dikembe Mutombo, o único capaz de deter Shaq seria Alonzo Mourning, mas em plena forma. Para ajudá-lo, Chris Webber (que não deu conta da marcação pelo Sacramento, mas é muito útil no ataque).

Essa seleção anti-Lakers também precisa de um bom banco. A começar por Vince Carter. Chamaria também Gary Payton, afinal o veterano armador do Seattle venceu as quatro partidas disputadas contra o Lakers na temporada. Lattrell Sprewell também iria ajudar bastante. Para treinar a legião anti-tri, Pat Riley.

Existe um outro fator que pode contribuir para quebrar a dinastia: é o fator MJ. Se Michael Jordan se recuperar da fratura nas costelas e decidir voltar, será com certeza um grande desafio para o Lakers. Mas Jordan sozinho não poderá impedir o tri. Precisará de ajuda. E não bastará a colaboração de veteranos como Charles Barkley e Hakeen Olajuwon. Ele terá de ter uma equipe forte.

Jordan e Webber, juntos, já poderia ser um bom começo. Nos últimos meses eram fortes os comentários de que o ala-pivô do Sacramento, com o contrato encerrado, estaria disposto a cruzar os EUA e parar na capital. Mesmo assim o Wizards ainda precisará de mais reforços.

O Lakers também pode perder para si mesmo. E isso não significa novas brigas entre Shaq e Kobe que, como visto, só motivaram a equipe este ano. O time de Los Angeles tem uma folha salarial apertadíssima. Não pode fazer grandes contratações. O grande perigo é perder algumas peças-chaves, difíceis de serem repostas. Ou seja: uma mudança na estrutura ao redor de suas duas estrelas, que possa quebrar o ritmo mágico dos triângulos. Algo que, até o momento, não se admite.

Há ainda a possibilidade de Phil Jackson romper o contrato. É bom lembrar que sem a orientação do treinador zen, Shaq e Kobe não conquistaram nada. Jackson tem mais três anos de contrato. O New York Post divulgou que o New York Knicks estaria disposto a fazer uma proposta irrecusável. Ele já respondeu que não tem o menor interesse em sair.

Então, por enquanto, Shaquille O'Neal pode prometer sem medo de não conseguir cumprir.

 

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