CAPA ESPORTES
 ÚLTIMAS
 TABELÃO
 ESPORTES SHOW
 IMAGEM
 FUTEBOL
 FÓRMULA 1
 AUTOMOBILISMO
 TÊNIS
 BASQUETE
 VÔLEI
 SURFE
 AVENTURA
 MAIS ESPORTES
 COLUNISTAS
 ESPECIAIS



 SHOPPING



Fernando Santos
Quinta-feira, 14 Junho de 2001, 12h39
terraesportes@terra.com.br

Bom demais


Os dois últimos jogos das finais da NBA deixaram a impressão que o Los Angeles Lakers foi punido, nesta série contra o Philadelphia 76ers, pela sua própria superioridade. Isso mesmo, o time de Shaq e Kobe é tão superior que só poderia ser derrotado por si mesmo.

O Lakers só perdeu a chance de se tornar o único campeão invicto dos playoffs por estar sobrando na quadra. Ao ganhar todos os jogos decisivos da Conferência Oeste, a equipe foi "punida" com nove dias de descanso. Após bater Portland, Sacramento e San Antonio, o time teve de esperar pelo adversário do Leste. Uma espera que fez a equipe perder seu ritmo. E entrar de salto alto no primeiro jogo da final.

A segunda partida foi dramática, pois o Lakers sabia que uma nova derrota iria praticamente decretar sua sorte na série. Como sobreviveu, o resto passou a ser uma tarefa de recuperar o ritmo. Foi assim nos dois últimos jogos, quando o Philadelphia mal pôde se aproximar no placar. Foram 10, 15, até 22 pontos de confortável vantagem.

Desde o início, era evidente que o Lakers tinha mais time, e que o Philadelphia teria de depender, e muito, de Allen Iverson. Com 48 pontos do cestinha, a equipe venceu a primeira batalha. Eu acreditava que seriam precisos pelo menos 50 pontos de Iverson para, pelo menos, engrossar a partida. Nos últimos três, ele não chegou a 40. Resultado: derrotas.

O Lakers tem mais conjunto, mais estrelas, mais coadjuvantes. Na parte de comando técnico, Larry Brown levou vantagem, ao ministrar a eficiente marcação na saída de bola. Mas Phil Jackson teve apenas de consertar essa falha na sua equipe e pronto. O Philadelphia não encontrou uma nova resposta para deter a máquina de Los Angeles.

Pode-se dizer que a série está encerrada. O Lakers jamais perdeu três jogos seguidos sob o comando de Phil Jackson. E não acredito que será possível agora. O próximo jogo, nesta sexta, ainda será na Philadelphia, quando o 76ers tentará ao menos impedir a festa do adversário dentro de sua casa. O Lakers pode fazer como na temporada passada, quando preferiu comemorar o título diante de sua torcida, após duas derrotas em Indianápolis.

O 76ers foi valente. Esteve próximo de um título que ninguém, além de sua própria equipe e torcida, acreditava. Mas isso só foi possível mesmo graças à grande superioridade do Lakers, que sobrou nesta reta final (não perdia desde 1º de abril) e que será muito difícil de ser batido, se continuar com a química perfeita entre Shaq, Kobe e Jackson.

Correção

O internauta Carlos Alberto Anciutti Pessoa escreve para apontar um erro, com toda a razão: não existe marcação sob pressão, como foi escrito nesta coluna. A marcação é com pressão. Pode soar estranho, mas essa é a regra, não do basquete, mas da gramática.

 

veja lista das últimas colunas

Coluna do Internauta Wanderley Nogueira Juarez Soares
Daniela Giuntini Fernando Santos