Em tempos de apagão, deve sobrar tempo para reflexões. E uma delas
chega do internauta Rodrigo Téo, de Rio Claro, cidade do interior de São
Paulo. Ele, como muita gente que adora o basquete, está cansado dessa
choradeira de jogadores e clubes, de falta de estrutura, pagamentos atrasos
e coisas do tipo. Segundo ele, está na hora de arregaçar as mangas e
trabalhar.
O leitor sugere que se leve adiante uma proposta antiga, a da criação
de uma Associação Brasileira de Basquete, uma liga paralela, independente da
Confederação Brasileira. "Não seria a hora de nossos atletas tomarem o
poder?", pergunta o internauta.
E diz mais: "Acho que tem gente ganhando por fora, pois as maiores
estrelas não falam nada a respeito desse descaso com o basquete e, o mais
importante, não tem atitude alguma, são totalmente passivos ao ocorrido!
Nosso destino está nas noites de sexta: NBA e só."
São raros os casos de esportistas que se mobilizam pela classe. O que
acontece é uma corrida por interesses próprios. É assim com a rainha
Hortência e sua mambembe equipe, que por enquanto está no Paraná. Outro
gigante, o cestinha Oscar, também só se preocupa com sua patota, que já
desfilou por Barueri, Tamboré e hoje está com os dias contados no Flamengo.
Ninguém surge com uma proposta, digamos, nacional. Um plano capaz de
mudar essa estrutura falida que persiste. Por um lado, os jogadores têm lá
sua razão: já que os dirigentes nada fazem por eles, então que eles tomem as
rédeas de seu futuro. Ou seja, cada um por si. E quem paga o preço por esse
sistema é o basquete brasileiro.
A liga seria a solução? Difícil dizer. Mas é preciso uma atitude para
mudar a situação atual. Pior do que está é difícil ficar. Então, qualquer
coisa que seja feita trará algum resultado. Fica, então, registrada aqui a
sugestão do internauta de Rio Claro. Uma cidade, por sinal, que chegou a
receber o título de "capital" do basquete, mas hoje revive suas glórias
apenas na memória. É o que restou ao nosso basquete: memórias.