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Fernando Santos
Terça-feira, 15 Maio de 2001, 16h21
terraesportes@terra.com.br

Piaçaba


Seria possível imaginar um campeão da NBA invicto nos playoffs? Ao final de 15 jogos, 15 vitórias? Uma varredura histórica para inaugurar o novo milênio? Uma nova era? Uma nova dinastia? Para os jogadores do Los Angeles Lakers, sim.

Nas duas primeiras séries dos playoffs, eles eram até tidos como presas para o milionário Portland Trail Blazers, dono da maior folha de pagamento da liga, e o acrobático Sacramento Kings, dono de um dos melhores ataques da temporada. Mas nenhum deles, em sete jogos, foi capaz de conseguir uma, umazinha vitória diante do Lakers.

Blazers e Kings foram, como costumam dizer os norte-americanos, varridos. Não apenas do campeonato, mas moralmente, espiritualmente, tecnicamente, seja lá o mente que for! Ou como diriam no interior, não deu nem para o cheiro.

Sete vitórias convincentes, que se somam a oito vitórias ao final da temporada regular. São, ao todo, 15 jogos sem perder. Impossível é escolher outra equipe como favorita ao título. Nenhuma outra conseguiu chegar até aqui sem nenhuma derrota. E qual a explicação? É simples: Kobe O'Neal.

A dobradinha entre Kobe Bryant e Shaquille O'Neal é bastante óbvia. Afinal, ao contrário das outras equipes, não basta apenas marcar um único jogador. Contra o Lakers, parar Shaq não é suficiente. A marcação dupla, única capaz de limitar o super-pivô, sempre deixa espaço para Kobe arremessar ou infiltrar no garrafão.

Se não bastasse a árdua missão de segurar duas super-estrelas, o Lakers descobriu novas alternativas. É o caso do armador Derek Fisher, que em três meses amadureceu por três anos. Fisher, com 1,81m, sempre teve a mania de partir para dentro do garrafão. Ora, era presa fácil para os pivôs. Com isso, sua produção de bolas desperdiçadas era enorme. Até sofrer uma fissura na perna e ficar seis meses no estaleiro. Tempo suficiente para aprender a jogar na cabeça do garrafão.

Fisher está exímio na armação, girando a bola para abrir espaços para Shaq e Kobe. Quando os dois ficam impedidos, ele tem espaço para arremessar. E acertar, para desespero dos estrategistas que passaram as últimas semanas quebrando a cabeça para enfrentar o Lakers.

E quem pode detê-los? Acredita-se no San Antonio Spurs, com as torres Tim Duncan e David Robinson. Parece ser o último obstáculo. Ou poderá ser apenas mais um a sofrer na era da piaçaba do Lakers.

 

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