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Fernando Santos
Terça-feira, 10 Abril de 2001, 16h41
terraesportes@terra.com.br

A lição de Jordan


No início dos anos 90, o então técnico novato Phil Jackson encontrou grande resistência para implantar sua tática dos triângulos. Custou para o treinador colocar na cabeça dos jogadores que, só com talento individual, não seria possível vencer jogos, muito menos conquistar títulos.

O maior obstáculo de Jackson foi Michael Jordan. Naquela altura, ele já era considerado um gênio e começava a demonstrar isso em sua conta bancária, com milionários contratos de publicidade. Jordan sempre carregava o time nas costas e acreditava que só assim iria ganhar o tão sonhado título da NBA. As determinações do técnico para que passasse mais a bola eram encaradas como uma grande bobagem.

Dez anos depois, a história se repete, com um dos dois principais personagens. Phil Jackson encontrou pela frente mais um obstáculo, que agora responde pelo nome de Kobe Bryant. Como Jordan (calma, nem penso em tratar de uma comparação entre eles), o garoto prodígio do Lakers também é fominha e gosta de decidir as jogadas sozinho. Por isso, está enfrentando um período de turbulências.

As primeiras desavenças aconteceram entre Shaquille O'Neal e Kobe. O pivô não gosta de ficar em segundo plano e exige sua condição de último cestinha e MVP da liga. Por isso, chovem rumores de uma separação entre eles. Algo muito pouco provável: Shaq acabou de renovar seu contrato e Kobe tem pelo menos mais quatro anos de papel assinado com o Lakers, onde é idolatrado por dirigentes e torcedores.

Nos últimos dias, Phil Jackson tratou de desmentir os boatos. Alguns, divulgados pela ESPN Internacional, chegaram a colocar Bryant no New Jersey Nets. Pura especulação. Ou a história de que o técnico estaria castigando o jogador, deixando-o fora dos últimos jogos, mesmo já estando recuperado de contusão.

A série de rumores só ajuda o treinador do Lakers a impor sua filosofia. Ele quer que Kobe Bryant aprenda a jogar dentro de seu esquema, o que vai contribuir não apenas para sua evolução, como de toda a equipe. Exatamente como fez há dez anos atrás. Ou alguém acredita que seria possível, num período de vacas magras, barrar ou negociar um jogador que até poucas semanas atrás era o cestinha da temporada, com média superior a 30 pontos por partida?

 

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