Sem opções no Bota, Jair defende o uso de jovens da base
O Botafogo vive um momento delicado na temporada. Nos primeiros meses do ano, quando só disputava o Carioca e a Libertadores, o técnico Jair Ventura priorizou a competição continental e conseguiu bons resultados apesar do elenco reduzido. A campanha no Estadual foi fraca, mas o Alvinegro segue vivo na Liberta com a classificação para a fase do mata-mata. Só que agora, a equipe disputa outras duas competições importantes ao mesmo tempo, o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil, e com a sequência de jogos, o treinador vê suas opções diminuírem.
Num elenco que nunca foi numeroso, transferências como as de Sassá e Joel, e problemas médicos como os de Airton, Camilo e Victor Luis, estão se refletindo em campo. Neste domingo, o Botafogo ficou num empate em 2 a 2 com o Coritiba, no Rio de Janeiro.
"Estamos chegando na parte mais importantes com menos jogadores. No momento mais decisivo estamos com menos jogadores. Eu tinha Sassá e Joel e hoje só tenho o Roger. Eu sei quem vai pagar essa conta, sou eu. Quando aceitei o desafio eu sabia. Vamos ver até aonde a gente consegue," alertou Jair Ventura na entrevista coletiva no Engenhão, já antecipando as dificuldades que a equipe vai enfrentar nos próximos meses.
Sem alternativas para o duelo deste domingo diante do Coritiba, o treinador se viu obrigado a relacionar 11 jovens vindos da base Alvinegra. Dois deles, Renan Gorne e Wenderson, entraram no segundo tempo nos lugares de Roger e Bruno Silva, respectivamente.
"Eu tinha 11 meninos relacionados. Se eu tivesse o Alecsandro o colocaria, mas ele joga com a camisa do Coritiba. Roger é o nosso único atacante e resolvi preservá-lo. Ele corre, cansa e optei por isso. Não posso ficar 90 minutos sem fazer uma substituição. Enquanto não tivermos nossos jogadores mais experientes em condições, vou colocar os meninos", defendeu Jair Ventura, que não terá vida fácil com a série de jogos quarta-domingo neste mês de junho.
Sobre a partida deste domingo, o técnico Alvinegro ressaltou o espírito de luta, mas lamentou que a equipe não conseguiu fazer valer o mando de campo.
"Vitória em casa é obrigação. Mais uma vez paramos no final. A gente criou, lutamos, tivemos uma chance clara com o Montillo… Mas não fizemos. O Coritiba é uma equipe muito difícil e tem jogadores leves para o fim da partida," disse o treinador.
O Botafogo soma oito pontos em seis rodadas do Brasileirão, e ocupa posição intermediária na tabela de classificação. Nas duas próximas rodadas, a equipe jogará fora de casa contra o Vitória, na quarta-feira, e contra a Chapecoense, no domingo.