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Olha ele! Após década de afastamento, Rosset se adapta a carros de turismo

Com passagem pela Fórmula 1, brasileiro ficou afastado das pistas para cuidar de empresa; ao voltar, ficou de molho após sofrer acidente de bicicleta, mas retornou e mostrou resultados competitivos no Brasil

7 jul 2013 - 08h32
(atualizado às 08h32)
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Ricardo Rosset
Ricardo Rosset
Foto: Bruno Santos / Terra

O dia 1º de novembro de 1998 foi um tanto quanto marcante para a Fórmula 1. Naquela data, foi disputado o Grande Prêmio do Japão que encerrou a temporada, e que garantiu ao finlandês Mika Hakkinen seu primeiro título na categoria. No entanto, a corrida em Suzuka ainda encerrou algumas trajetórias no automobilismo mundial – foi o caso da Tyrrell, vendida à British American Tobacco no ano anterior, e do brasileiro Ricardo Rosset, que se aposentou do automobilismo internacional desde então.

Pode parecer pouco, mas a decisão de Rosset foi radical: o brasileiro, que correu pela Footwork (1996), pela Lola (1997, na única prova do time no ano) e pela Tyrrell, simplesmente deixou o automobilismo por quase dez anos. Depois de se casar com Michelle em 1996 e abandonar a F1, teve um casal de filhos e tempo de sobra para à Track & Field, sua empresa de roupas esportivas.

<p>Na Fórmula 1, Ricardo Rosset correu por Footwork, Lola e Tyrrel (foto)</p>
Na Fórmula 1, Ricardo Rosset correu por Footwork, Lola e Tyrrel (foto)
Foto: Getty Images

“Eu me dediquei. Tenho uma empresa, e nesse tempo fiquei dedicado a isso. Tive casamento, filhos... Foi a minha outra profissão, que é minha empresa”, contou Rosset ao Terra.

O retorno às pistas só aconteceu em 2008, quando foi convidado pelo cineasta Walter Salles Júnior para formar dupla na categoria GT3 da GT Brasil. Logo no primeiro ano na disputa, a parceria venceu quatro corridas e ficou com o vice-campeonato, atrás da equipe de Xandy Negrão e Andreas Mattheis. O desempenho convenceu Rosset a voltar a correr.

Em 2010, Ricardo Rosset passou a disputar a Porsche Cup. Logo em seu primeiro ano, somou 248 pontos e conquistou o título da categoria 997, deixando Alex Barros com o vice-campeonato (201 pontos) e Ricardo Baptista em terceiro (175). De quebra, em 2011, liderava a categoria Cup da competição com 156 pontos nas quatro primeiras rodadas, mas precisou se afastar mais uma vez.

<p>Rosset passou por categorias como Formula Ford, Formula Vauxhall, Formula 3000, Fórmula 1, GT Brasil e Porsche Cup</p>
Rosset passou por categorias como Formula Ford, Formula Vauxhall, Formula 3000, Fórmula 1, GT Brasil e Porsche Cup
Foto: Telmo Gil / Divulgação

O motivo, desta vez, foi mais curioso. “Tive uma queda de bicicleta”, contou Rosset, que fraturou a clavícula no acidente – ainda assim, terminou a temporada em sexto, enquanto Constantino Júnior foi campeão ao somar 283 pontos. A volta seria em 2012, mas a recuperação demorou mais que o esperado. Desta forma, o brasileiro só retornou às corridas (mais uma vez) no começo de 2013, aos 44 anos.

Por enquanto, as experiências em carros de turismo têm sido proveitosas. “Para quem passou a vida correndo de monopostos, é um pouco diferente. Muda o ponto de freada, se você entra na curva de um jeito”, analisou Rosset, que venceu duas das quatro primeiras corridas da temporada da Porsche Cup (a primeira na rodada dupla do Algarve, em Portugal, e a primeira da rodada dupla em Barcelona, na Espanha). Assim, somou 62 pontos e foi para o terceiro lugar – a liderança é de Tom Valle, com 66 pontos, empatado com Fábio Viscardi.

<p>Agora na Porsche Cup, brasileiro diz que poderia ter corrido na Stock Car ao deixar a F1</p>
Agora na Porsche Cup, brasileiro diz que poderia ter corrido na Stock Car ao deixar a F1
Foto: Nuno Alexandre / Divulgação

Hoje, já distante das competições internacionais, Rosset lamenta uma mudança de cenário no automobilismo brasileiro: a falta de categorias de base. Competidor da Fórmula Ford em 1991, além de ter disputado a Fórmula Opel, a Fórmula Vauxhall e Fórmula 3000 no exterior, vê os jovens pilotos do Brasil com poucas possibilidades de iniciar uma carreira em casa antes de se aventurar na Europa.

“A categoria de base no Brasil hoje morreu. É difícil imaginar um jovem de 11, 12 anos, que tenha que começar sem correr na Europa”, disse o ex-piloto de F1, que até poderia ter continuado correndo em 1999, mas no Brasil. “Na verdade, quando eu decidi encerrar a Fórmula 1 e voltar para o Brasil, eu tinha a opção de correr aqui a Stock Car, que não era como hoje em dia. Se tivesse uma Stock Car como hoje em dia, talvez eu tivesse tentado”, disse.

Fonte: Terra
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