F1: 3 GPs cancelados em cima da hora
O GP da Emilia Romagna foi cancelado por conta das fortes chuvas e se junta a alguns que foram suspensos em cima da hora na F1. Saiba mais
Ao longo de seus 73 anos, a F1 se caracterizou por fazer suas provas custe o que custar. Foram provas confrontando questões culturais, ignorando posições políticas e até mesmo militares (Arabia Saudita 2022 que o diga). Tudo em nome dos acordos e do dinheiro.
Porém, tivemos alguns casos em que a categoria não pôde brigar com os fatos e teve que cancelar suas atividades. Vamos lembrar.
Bélgica 1985
O circuito de Spa-Francorchamps havia passado por uma grande reforma e sediou novamente a F1 em 1983. Em princípio, a sede do GP belga seria feita em alternância com Zolder, mas houve acordo e a categoria voltaria definitivamente para 1985.
Originalmente, a prova estava marcada para 02 de junho. A organização decidiu um pouco antes da prova promover um recapeamento de vários trechos da pista. Por uma questão de economia, o trabalho feito não foi dos melhores, o material usado era horrível e o asfalto novo simplesmente não pegou...
Resultado: os treinos começaram e diversos trechos começaram simplesmente a soltar. Na madrugada de sexta, os organizadores tentaram refazer o trabalho e no treino de sábado de manhã, os tempos subiram 20 segundos em relação a Sexta. Os pilotos pararam, se reuniram e pediram providências pois não havia condição de continuar.
Após muita pressão das equipes e organizadores, que alegaram ter gasto mais de £3 milhões nas obras, os pilotos fizeram uma última vistoria junto com membros da FIA. Às 20 horas locais, foi decidido que não haveria mais corrida.
O público, que já havia ficado o sábado inteiro no aguardo, tinha direito a ter o dinheiro de volta ou assistir o resto da programação, que foi mantida. No fim de junho, os organizadores foram multados em 10 mil e a prova foi remarcada para setembro.
Bahrein 2011
O Oriente Médio foi sacudido por uma série de manifestações políticas em 2010/2011 no que foi chamado de “Primavera Árabe”. Vários países passaram por grandes reclamações da população pedindo melhorias na qualidade de vida e mais liberdade política e de direitos humanos.
O Bahrein não passou ileso a esta onda. E uma série de manifestações aconteceram no país, sendo estas sufocadas com mão de ferro pelo governo. A situação ficou estranha justamente mais próximo do GP. Mesmo com todas as garantias dadas, a F1 não pagou para ver e cancelou a corrida daquele ano.
Austrália 2020
A COVID-19 tomava espaço com força através do mundo. A Europa vinha sendo acossada e pouco se sabia o que fazer. Neste cenário, a F1 seguia com a programação para começar a temporada de 2020.
A pré-temporada se desenrolou com certas dúvidas, mas o cronograma foi em frente, com o GP da Austrália mantido para 15 de março. Todo o circo da F1 se dirigiu para Melbourne e o publico também se preparou com ansiedade. Só que as dúvidas vinham se avolumando.
Algumas medidas vinham sendo tomadas, mas o temor vinha crescendo. Até que um membro da McLaren testou positivo para COVID. Então o pânico se espalhou.
As atividades de sexta estavam prontas para começar, o publico nos portões se aglomerando e uma decisão tinha que ser tomada. No último minuto, diante da pressão da opinião pública, F1 e a organização decidiram cancelar o GP e uma série de decisões foram tomadas a seguir, com a temporada começando efetivamente em julho. O GP da Austrália só voltaria ao calendário em 2022.
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