Dixon: IndyCar será 80 km/h mais rápida que NASCAR em Phoenix
Scott Dixon e Alexander Rossi avaliram compostos no oval de um milha para corrida de março ao lado da NASCAR
Scott Dixon e Alexander Rossi conduziram um teste de pneus da Firestone no Phoenix Raceway na última quinta (6) e sexta-feira (7). A atividade marcou o retorno da categoria ao oval de um milha após sete anos sem aparições na pista. O objetivo foi definir opções de compostos, construções e larguras para o fim de semana de 6 e 7 de março, quando a IndyCar dividirá a pista com a NASCAR.
“É bom estar de volta fazendo um teste de pneus adequado”, disse Dixon. “Faz muito tempo desde que fiz um teste de pneus adequado. Temos compostos, temos construções, temos larguras de pneus diferentes. Até coisas que nunca fiz antes, então parabéns à Firestone por se empenhar. Acho que isso mostra que eles são um parceiro verdadeiro, e isso é melhor para todos.”
O Dallara DW12 acumula cerca de 70 quilos extras desde 2018 (na última passagem da categoria pela pista): 25 quilos do aeroscreen e 45 quilos dos sistemas híbridos na traseira. O peso adicional equivale a um piloto completo e altera a demanda sobre os pneus, que mantêm o mesmo diâmetro apesar do aumento de massa e do centro de gravidade mais alto.
A IndyCar adotou pressão de turbo baixa nos carros de Dixon e do #20 de Rossi A configuração reduz potência e velocidades para diminuir o estresse nos pneus, que operam com alta carga aerodinâmica em ovais curtos.
Back in the desert 🏜️@AlexanderRossi and @scottdixon9 are testing at @phoenixraceway. pic.twitter.com/VQRn22jA6i
— NTT INDYCAR SERIES (@IndyCar) November 6, 2025
Falhas de pneus na final da NASCAR em Phoenix no fim de semana anterior motivaram a cautela. “Basta ver a corrida da Cup aqui, não sei quantas falhas de pneus tiveram – talvez 20, 30, 40. Foi insano. E isso determinou os resultados do campeonato”, observou Dixon.
O piloto da Ganassi também analizou as mudanças no carro desde a última vez em que a categoria competiu no circuito de Phoenix em 2018: “O carro está em uma configuração bem diferente com o aeroscreen, o híbrido; é significativamente mais pesado”, continuou. “O bom é que, no teste de pneus, você busca mais do que tudo ajudar a corrida, em vez de ir atrás de desempenho puro. Agora, você busca talvez mais aderência com pico e depois uma degradação rápida. Acho importante o que estamos tentando, não só para esta pista, mas para outras no futuro.”
No dia 6, Dixon registrou 21.233s pela manhã e 21.092s à tarde. Rossi marcou 21.441s e 21.107s. Cada piloto completou mais de 200 voltas em simulações curtas. Variaram níveis de downforce sem alterar tempos de volta.
“Estamos com muito menos potência em comparação ao boost alto, o que é significativo”, explicou Dixon. “Acho que na classificação você ficará nos 20s médios, então cerca de um segundo atrás (da pole de Bourdais em 2018), o que, honestamente, é principalmente potência.”
Em 2018, Sebastien Bourdais cravou pole a 19.5s (303,36 km/h). Com baixa potência, tempos de 20.5s geram média de 280 km/h. A pole da Cup no último domingo foi de 215,16 km/h com Denny Hamlin.
“Eles vão dizer, nossa, essas coisas são rápidas pra caramba comparadas ao que está na pista no mesmo dia”, previu Dixon. “Nossa velocidade média deve ser 65-80 quilometros por hora maior ou algo estúpido.”