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F1: Domenicali quer implementar corridas mais curtas

CEO da Fórmula 1 discute um novo formato com corridas mais curtas, adição de mais sprints ao calendário e possível grid invertido

3 set 2025 - 12h26
(atualizado às 12h42)
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Mudanças podem ser implementadas na categoria
Mudanças podem ser implementadas na categoria
Foto: Reprodução / F1

A Fórmula 1 pode estar perto de passar por transformações significativas em seu formato. O CEO da categoria, Stefano Domenicali, confirmou recentemente que está considerando uma reestruturação no formato dos GPs. O italiano afirmou estar discutindo a possibilidade de diminuir o tempo dos treinos livres, adicionar mais corridas sprints no calendário, grid invertido e até mesmo diminuir a duração das corridas, com o objetivo de transformar o espetáculo em algo mais atraente para os fãs e os promotores. 

“Precisamos entender se devemos aumentá-los, como aumentá-los e se devemos usar formatos diferentes. Temos várias discussões a ter com as equipes para decidir a direção”, explicou Domenicali, em entrevista recente à imprensa internacional.

"As pessoas querem ver mais ação" 

Atualmente, o formato dos GPs conta com duas sessões de treinos livres, com uma hora cada, na sexta-feira. Para o CEO, este modelo não atrai o público em geral, contando com a audiência apenas dos fãs mais dedicados. O dirigente chegou a destacar que a tecnologia dos simuladores já permite reduzir a dependência dos treinos livres. Domenicali até a mencionou o possível uso de inteligência artificial, sem detalhar como isso seria aplicado. 

“Estou sendo um pouco provocativo, mas os treinos livres atraem superespecialistas. As pessoas que querem ver mais ação preferem um fim de semana de sprint”, defendeu, e que mesmo as corridas atuais "podem ser um pouco longas demais para o público mais jovem", afirmou o CEO.

A principal aposta será na ampliação das corridas sprints, que nesta temporada acontecem apenas em seis etapas (China, Miami, Bélgica, Austin, Brasil e Catar). “Devo dizer que, além de alguns fãs mais velhos, todos querem fins de semana de sprint. Os promotores pressionam por esse formato e agora os pilotos também estão interessados”, reforçou.

Se no começo houve oposição dos pilotos a sprint, hoje o cenário é diferente. Domenicali revelou que a maioria deles apoia o modelo. “Quanto aos pilotos, inicialmente 18 eram contra o sprint e dois a favor. Hoje é o oposto. Discutimos o assunto no jantar que organizámos na Áustria e todos falaram a favor. Até Max, com quem falei individualmente, está começando a dizer que faz sentido. No final, os pilotos nascem para correr”, disse.

Mesmo que alguns defendam a expansão, o CEO prefere ter cautela antes de aplicar a corrida sprint em todos os GPs, como já acontece na MotoGP. “A direção é clara: posso garantir que em alguns anos haverá demanda para ter todos os finais de semana com o mesmo formato. Não estou dizendo que chegaremos à MotoGP, que tem um sprint em todas as rodadas – esse é um passo muito grande. Eu vejo isso mais como um processo de amadurecimento que respeita uma abordagem mais tradicionalista”, concluiu.

Ainda assim, há pontos de atenção. As sprints trazem mais emoção para os espectadores, mas também aumentam os riscos para equipes e pilotos, além de gerar custos adicionais em caso de acidentes.

Corridas mais curtas

Outra proposta em análise é a redução da duração das corridas de domingo. Essa mudança pode irritar alguns fãs, principalmente os mais tradicionais. Vale lembrar que as provas chegaram a ter três horas até 1957, mas hoje, o regulamento limita as disputas a pouco mais de duas horas de ação. Para o CEO, mesmo esta duração pode estar ficando longa demais para o público.

"Estamos vendo em muitos de nossos canais que os destaques se saem muito bem. Para quem cresceu com o formato atual, está tudo bem como está, mas há um grande segmento que só quer ver os momentos-chave”, afirmou.

O grid invertido também está sendo considerado, sendo um modelo já utilizado na Fórmula 2 e Fórmula 3. “Está em nossa agenda. Já discutimos isso antes, mas nos próximos meses precisaremos de coragem para empurrar a discussão novamente, porque ouvi vários pilotos proporem isso. No início, todos eram contra, mas na última reunião muitos deles disseram: ‘Por que não tentamos?’ Não acho que haja uma única postura certa ou errada aqui – toda opinião tem valor. Vamos avaliá-lo com a FIA e interpretar essa tendência da melhor maneira possível”, disse Domenicali.

Apesar do bom momento vivido pela F1 em termos de audiência e popularidade, o italiano destaca que é hora de pensar no futuro: “As coisas estão indo muito bem hoje, mas precisamente por isso não devemos descansar sobre os louros. Precisamos pensar no próximo passo.”

Parabólica
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