Rio - Pouca coisa mudou desde que Daniele Hypólito voltou da Bélgica com a medalha de prata no peito. Além de impulsionar a carreira da atleta, a façanha prometia atrair investimentos para a ginástica.
Hoje, Daniele é respeitada no cenário internacional, acertou um contrato de patrocínio e conta com a assessoria de uma empresa para administrar seus compromissos fora dos ginásios.
Porém, continua negociando o pagamento de salários atrasados com o Flamengo e treinando em aparelhos velhos e ultrapassados.
“Até agora, tudo o que foi feito não passa de soluções paliativas. Como não temos dinheiro, o jeito é procurarmos outras fontes de renda. Precisamos de patrocínio”, avaliou a técnica Georgette Vidor, acusada de implicar com o excesso de compromissos da pupila.
De fato, as novas responsabilidades chegaram a atrapalhar a programação de treinos em algumas ocasiões. A treinadora, no entanto, alega que não há nada que possa ser feito no momento para mudar a situação.
“A Dani está esgotada, mas não vou impedi-la de gravar comerciais, de se virar”, afirma.
Georgette confirmou que pensa em abandonar a carreira de treinadora por conta das dificuldades e diz que já conversou com Daniele a respeito do assunto.
“Não dá para dizer que ela ficou feliz, afinal estamos juntas há oito anos. É preciso entender que não basta investir só em nós duas. Há uma estrutura grande por trás.”