Técnico está preocupado com a marcação no meio-campo. Mauro Silva pode voltar na próxima convocação

São Paulo – Na entrevista coletiva concedida logo após a vitória por 2 a 0 sobre o Paraguai, o técnico Luiz Felipe Scolari, da Seleção Brasileira, deixou claro que já está preocupado com a Argentina, adversária do próximo jogo, em Buenos Aires, no dia 5 de setembro. Apesar do alívio com a vitória, Felipão deu pistas de que vai armar uma retranca para garantir pelo menos mais um pontinho contra os já classificados argentinos.

“Contra a Argentina precisamos ter uma postura tática mais forte em termos de meio-campo, uma marcação mais forte e mais rígida. Não deixar o adversário pegar a bola, criar e seguir em frente”, diagnosticou Felipão, que também já mostrou estar preocupado com as saídas em contra-ataque. “Na segunda bola (rebotes da defesa), ganhar o domínio e partir em velocidade”.

Para garantir mais experiência no setor de marcação, Luiz Felipe também deu mostras de que vai voltar a chamar alguns jogadores mais experientes nestas posições. “Vamos fazer uma ou duas substituições para ficarmos mais compactos no meio”.

O treinador gaúcho indicou que o volante Mauro Silva, que se recusou a ir para a Copa América, deve ser perdoado e voltar à Seleção:

“Hoje não tínhamos o Emerson e o Mauro Silva, que são mais tarimbados. O Tinga e Eduardo Costa são mais jovens e não tão afeitos a uma marcação forte, mais rígida. O Paraguai foi tomando conta, porque eles iam chegando e o juiz deixa o jogo rolar”

Não sei se vou convocar o Mauro, tivemos um problema. Esperar que esses meninos cresçam”.

Ao perceber que “entregou a convocação de Mauro, Felipão até tentou despistar. “Não sei se vou convocar o Mauro, tivemos um problema, vamos pensar bem”.

Nos outros setores, Felipão até que gostou do desempenho contra o Paraguai. “A defesa está mais ou menos bem. No ataque, um pouco mais de habilidade e drible, vamos trabalhando aos poucos”.

Para Luiz Felipe, não é só o bom futebol argentino que inspira todo o cuidado em Buenos Aires. O técnico sabe que, apesar da vitória desta quarta sobre os paraguaios, o Brasil ainda não pode respirar aliviado nas Eliminatórias. “Vamos pensar em um futebol mais vistoso quando estivermos tranqüilos. Ainda não estamos em uma situação boa. Primeiro, garantir a vaga, depois pensar em bom futebol. Hoje, graças a Deus a gente ganhou e recebeu uma dose de oxigênio”.

Redação Terra