Rio - O coordenador-técnico da Seleção Brasileira de futebol, Antônio Lopes, garantiu neste sábado que o clube alemão Bayern de Munique é obrigado a liberar o atacante Élber para que ele integre a delegação que vai disputar a Copa América na Colômbia.
Neste sábado, na Alemanha, o vice-presidente do Bayern de Munique e ex-jogador, Karl Heinz Rummenigge, anunciou formalmente que não autorizaria a liberação dos dois sul-americanos da equipe (Élber e o peruano Claudio Pizarro) para que participem da Copa América, que começa na próxima quarta-feira.
Ao tomar conhecimento desse anúncio, Lopes disse à imprensa local que "eles (os dirigentes do Bayern) terão que liberar Élber. A competição é oficial, e pelos estatutos da Fifa estão obrigados a autorizar o jogador".
Segundo Lopes, o que pode ter acontecido é que a comunicação formal da CBF tenha chegado tarde ao clube alemão. "É possível que a documentação, por um problema de fuso horário, tenha chegado quando o clube já estava fechado", explicou Lopes, sem muita convicção.
Rummenigge disse à imprensa alemã que o Bayern "tem outros planos para Élber e Pizarro, e o mais importante é a segurança dos dois, algo que na Colômbia não está garantida".
O atacante brasileiro estava de férias em sua cidade natal, Londrina (Paraná), quando recebeu um telefonema de um dirigente do clube alemão, que solicitou que o jogador se apresentasse à equipe na próxima segunda-feira, quando deveria viajar para a Colômbia com a seleção brasileira.
"Queria muito ficar, mas falei com os diretores do clube e eles me pressionaram para que eu retorne. O problema é que não consegui estabelecer contato com o Scolari", disse o jogador neste sábado já no aeroporto de São Paulo, acrescentando que irá esperar para ver o que ocorre. "É uma situação muito complicada para mim. De um lado está o meu clube, do outro está a Seleção Brasileira", acrescentou Élber.
Além da ausência do atacante do Bayern, o técnico Luiz Felipe Scolari terá mais um problema com outro clube alemão neste fim de semana, já que o Bayer Leverkusen informou que não pretende autorizar a liberação do zagueiro Lúcio para a Copa América, também alegando falta de segurança.
Segundo as informações divulgadas pela imprensa neste sábado, o dirigente do Bayer Leverkusen, Rainer Calmund, disse a jornalistas alemães que a Copa América "é uma farsa, porque não se resolvem questões de segurança em apenas cinco dias".