Por Fernando Eichenberg
Direto de Paris
As entrevistas coletivas de Andre Agassi e Sébastien Grosjean refletiram bem o ânimo dos dois jogadores após a partida disputada na quadra central de Roland Garros, válida pelas quartas-de-final do torneio. Agassi, o perdedor, abatido e mal-humorado, foi lacônico e não via a hora de deixar a sala de entrevistas, e, presume-se, Paris. Grosjean, o vencedor, sorridente e de bem com a vida, atendeu aos jornalistas com bom-humor e poderia ter permanecido na sala até o final da noite.
“O que você gostaria de ter feito?”, perguntou um jornalista. “Ter ganho o jogo”, respondeu Agassi. “Como você acha que jogou?”. “Joguei bem, mas não o suficiente”. “Quais eram suas expectativas ao chegar aqui?”. “Jogar três partidas a mais”. “Foi, então, um golpe fatal para você?”. “Sim, é bastante decepcionante”. “Algo em particular atrapalhou seu jogo, hoje?”. Sim, Sébastien Grosjean”. “Nada pelo seu lado?”. “Não”.
A entrevista seguiu no mesmo ritmo até seu final. Não foi por acaso que, ao ser eliminado na segunda rodada do Aberto da França no ano passado, Agassi não compareceu à entrevista coletiva obrigatória após os jogos, tendo de pagar uma multa de U$ 10 mil.
Dessa vez, decidiu economizar o dinheiro, e também as palavras.