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“Luto 24 horas por dia”, desabafa Tyson
Domingo, 28 Janeiro de 2001, 03h17
Atualizada: Domingo, 28 Janeiro de 2001, 03h22

Do "El Tiempo", de Miami

Porto Alegre - Não é necessário esforço para acreditar em Mike Tyson quando ele afirma que prefere que as pessoas o vejam como um homem invulnerável. Ele é.

Breve e cauteloso em suas respostas, frio ao abordar temas como as repetidas passagens pela prisão ou a fama de violento, Tyson tem orgulho de ser o que foi até hoje. De pouco ou nada se arrepende e diz não chorar por nada que tenha feito no passado.

Tyson descansa em Miami, longe do frio de Nova York. Basta estar perto dele para se dar contar de que, se parece feito de aço por fora, também o deve ser por dentro. É amável, mas não muito. Pouco ri. Quando fala, dá sinais de que não quer ser interrompido. Seus braços, como dois pequenos barris, e seu pescoço de hipopótamo são cartas de apresentação suficientes para se convencer de que o que mais gosta é de bater. No ringue, nas ruas, onde for, sempre que necessário.

“Não me envergonho de nada”, afirma Tyson. “Faço tudo de acordo com o modo como vejo a vida. Não gosto que me digam o que fazer. Algumas vezes, escuto e sigo conselhos. Poucas vezes, na verdade”.

Seu sotaque do Brooklyn (bairro de Nova York) é complicado de entender. O tom de voz, com freqüência, é agressivo e vigoroso. Tyson fala e não repete. Opina e não espera contradições. É breve. Fala como se estivesse lutando, com os punhos bem fechados.

“Sim, tenho um lado vulnerável e frágil, mas não me agrada mostrá-lo”, diz. “Sou um lutador nas 24 horas do dia e não apenas dentro de um ringue. Gosto de olhar meu oponente nos olhos e lhe deixar claro que é meu inimigo. Sempre quis ser como sou, um homem duro que nasceu para ser duro. Assim é a vida, muito dura”.

De vez em quando, Tyson troca o tom agressivo e fala sem ódios e intimidações. Por breves instantes, relaxa, solta as mãos, baixa a guarda para dizer as coisas que odeia que lhe perguntem: violência, cárcere e escândalos.

“Quando tem de se dormir atrás de grades e longe da família, se perde muito de si”, lembra. “A vida na cadeia me roubou momentos que jamais vou recuperar. Muita gente se encarregou de me prejudicar”.

Segundo Tyson, sua vida hoje está controlada e calma, distante daqueles dias de fúria em que arrancou a mordidas um pedaço da orelha de Evander Holyfield. Para ele, esse tempo acabou. Tem, contudo, a convicção de não deixar que nada nem ninguém o moleste. Isso inclui a lei, os jornalistas e os rivais.

“Não me importei por ninguém se preocupar comigo quando estava preso. Senti-me bem em um lugar infestado de assassinos. Eles me respeitavam e alguns confiavam em mim. Por trás de alguns criminosos, existem pessoas que merecem uma segunda oportunidade”.

Tyson a teve. Hoje, aos 34 anos, tem uma fortuna que passa dos US$ 50 milhões. Mas, mais do que o dinheiro, Tyson se sente confortável com seu espírito e com sua maneira própria de crer em Deus. Segundo ele, um Deus muito particular e que o entende sem restrições. Um Deus que é sua própria salvação.

“Sei que não sou uma pessoa amigável. Mas tampouco sou tão mau. Algumas vezes sou amável. Não é fácil ser seguido e questionado em todos os lugares. Minha vida não tem sido fácil. Creio que em outra vida me sairei melhor”.

No braço direito, a figura tatuada de Mao Tsé-Tung. A dentadura incompleta inclui dois dentes de ouro. Menos pela má aparência e pela má fama, é por ser pouco amigo da imprensa e das entrevistas que faz de Tyson um homem pouco querido nos Estados Unidos.

“Mesmo que todos os dias inventem uma história diferente, não me considero uma vítima. Se posso ser bom, essa gente também pode. Cometi erros, mas paguei por eles. A vida é assim. Se te equivocas, pagas. E eu estou quite”.



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