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CPI quer analisar contrato entre Nike e Zagallo
Quinta-feira, 14 Dezembro de 2000, 21h51

Brasília - Continua a devassa em federações, clubes de futebol, dirigentes e de outras pessoas suspeitas de envolvimento em irregularidades relacionadas ao futebol. Hoje, foi a vez dos deputados da CPI da Nike aprovarem 48 requerimentos para convocar depoentes, abrir várias contas bancárias, fiscais e telefônicas e até para conhecer os termos do contrato assinado pelo ex-técnico da seleção brasileira Mário Jorge Lobo Zagallo com a multinacional Nike.

Dois dos convocados, o diretor da árbitros da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Armando Nogueira, e o juiz Dacildo Mourão, serão acareados na terça-feira que vem. O vice-presidente da comissão, deputado Nelo Rodolfo (PMDB-SP), lembra que Mourão acusou Marques de manipular resultados do campeonato brasileiro do ano passado.

A iniciativa dos integrantes da CPI da Nike ocorreu um dia depois dos senadores da CPI do Futebol terem aprovados uma série de medidas para facilitar as investigações. Alguns dos depoentes convocados pelos deputados já foram ouvidos pelos senadores. É o caso do técnico da seleção brasileira Wanderley Luxemburgo, do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e do dono da Traffic, J. Hawilla.

Foram ainda convidados para depor os jogadores Ronaldinho, Romário e o ex-ministro do Esporte, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. O Banco Central foi solicitado a fornecer cópia de toda documentação oriunda da CBF referente às transações relacionadas a negociações de passe ou contratação de atletas brasileiros ou estrangeiros.

A quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico vai atingir o empresário Juan Figger e agenciadores envolvidos na suspeita do tráfico de menores para o exterior, como Giuseppe Rubulotta, Jimmy Martins e Expedito Júnior da Silva, conhecido por Ted Júnior. O presidente da CPI, deputado Aldo Rebelo (PcdoB-SP), informou que foi hoje procurado pelo advogado de Jimmy Martins. O agenciador, que está com a polícia federal em seu encalço porque não compareceu para depor, quer marcar uma nova data para falar à comissão.

A CPI também quer obter da CBF a planilha com aplicação dos recursos destinados ao marketing, no valor de R$ 150 milhões (entre 1997-2006). Das federações a comissão quer os valores arrecadados e o público pagante nas partidas realizadas em 1999 e neste ano e cópia dos respectivos estatutos e regimentos.

O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) requereu à CBF informações sobre uma transação envolvendo a entidade e o tio do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, Marco Antônio Teixeira, que teria intermediado um amistoso da Seleção Brasileira com a Líbia, recebendo R$ 500 mil, "embora a partida não tenha sido realizada", disse o parlamentar. Marco Antônio Teixeira, o diretor da Finanças da CBF, Antonio Osório Lopes da Costa e o ex-diretor de Finanças, José Carlos, também serão chamados a depor.

Os deputados também aprovaram requerimento exigindo de Zagallo "cópia do contrato assinado com a Nike", e também de outras empresas que o técnico tenha mantido contrato. O deputado Eurico Miranda (PPB-RJ), presidente do Vasco da Gama, requisitou à Pelé Sport Marketing Ltda, informações sobre "todos os pagamentos efetuados à Kifuro Report Jornal S/C", empresa de propriedade do jornalista Juca Kfouri.

Sobre a transferência de atletas, a CPI está solicitando da CBF, a relação de todos os jogadores brasileiros que se transferiram para o exterior. Do Ministério da Fazenda, a CPI quer informações sobre certificados de isenção fiscais e do Ministério do Esporte e Turismo, solicita dados de como a CBF está enquadrada naquele órgão. Outros requerimentos atingem o diretor da Nike, no Brasil, Luiz Alexandre; os empresários José Lázaro, Adailton Nunes, Antônio Carvalho, Bernardo Chlaen, Ted Júnior, Giuseppe Rubulotta, além dos auditores da Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Flávio Zveiter e Paulo César Salomão Filho.

Rebelo lembrou que a CPI da Nike continuará trabalhando no período do recesso parlamentar, que começa nesta sexta. Segundo ele, no período serão feitas diligências a outros Estados, sobretudo para investigar denúncias relacionadas a tráfico de jogadores adolescentes e a falsificação de passaporte.

Agência Estado


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