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CPI recebe denúncia contra empresário
Terça-feira, 05 Dezembro de 2000, 18h57

Brasília - A história do jogador Jorginho, contratado por um empresário para jogar na Rússia em troca de salário, de um automóvel Limousine que ficaria à sua disposição e da promessa de receber como "bicho" duas louras por cada gol que fizesse, foi contada nesta terça-feira na CPI da Nike pelo comentarista esportivo Leandro Quessada.

Ele citou o fato, que realmente ocorreu, como um exemplo do tipo de tapeação a que estão sujeitos jogadores adolescentes que saem do País para jogar no exterior. Segundo Quessada, Jorginho não recebeu nem mesmo o salário e hoje luta na Justiça para recuperar seu passe.

Quessada e o jornalista Jaeci Carvalho foram convidados pela comissão para falar do tráfico de jogadores adolescentes para times do exterior, da segunda ou terceira divisão, sobretudo da Bélgica, Polônia e Rússia.

O conhecimento desse assunto, conforme explicaram, vem das reportagem que fizeram. Segundo eles, o chamado "tráfico" ocorre principalmente entre adolescentes de 14 a 16 anos, de famílias pobres.

Eles são convidados por pessoas que se dizem empresários de futebol para jogar no exterior em troca de várias promessas. Graças à procuração que obtém dos responsáveis desses menores, os procuradores levam esses meninos para fora. Na maioria das vezes, são as famílias que compram as passagens "em mais de 10 prestações". Lá chegando, são abandonados à própria sorte, sem ter mais nenhum tipo de contato com os agentes.

Jaeci Carvalho denunciou Adailton Nunes, Antonio Carvalho, Ted Júnior e Édison Teixeira de Souza como pessoas que estariam envolvidas nesse esquema. De acordo com o jornalista, Ted Júnior, ou a pessoa que utiliza esse pseudônimo, levou 12 jogadores menores de idade e técnico Sérgio Ferreira da Silva, todos de Pernambuco, para a Bélgica.

Lá chegando, eles ficaram confinados 12 dias numa sala do aeroporto de Bruxelas, mantidos a pão e água, porque a polícia não acreditou na conversa de que visitavam o país com turista. "Eles não tiveram mais nenhum contato com esse tal de Ted Júnior", informou.

Alguns desses meninos ficaram sob a proteção de um empresário espanhol, de nome Ramon, que espera negociá-los com times da Espanha ou Portugal. Outros foram abandonados. Jacir Carvalho disse que encontrou em Bruxelas um menino que chegou ao país com a promessa de ser contratado como jogador e que hoje sobrevive vendendo flores na rua.

Em outro episódio, Adailton Nunes e Antonio Carvalho negociaram, em 1997, a ida de 23 jogadores adolescentes para Polônia em troca de salário de US$2 mil. Naquele país, eles assinaram contrato de trabalho por 10 anos, redigido em polonês, por um salário de US$250, que mal da para se manterem.

"No começo, eles moravam debaixo da arquibancada do time LKS", contou. O relator da comissão, deputado Silvio Torres (PSDB-SP), lamentou que as embaixadas e consulados brasileiros não estejam a par de situações como essas. Os jornalistas avaliaram que existem de quatro a cinco mil jogadores adolescentes, de países sul-americanos e da África, enfrentando dificuldades na Europa porque confiaram em "empresários" inescrupulosos.

L!Sportpress


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