Curitiba - Jogar em casa é uma vantagem que qualquer time evita desprezar, mas o Paraná Clube vem desmentindo esta tese no Módulo Amarelo e conquistando seu melhores resultados quando atua no campo do adversário. Foi assim nas vitórias por 1 a 0 sobre Anapolina, em Anápolis, 3 a 0 sobre Bangu, em Moça Bonita, e 2 a 1 sobre o Remo, no Mangueirão.

Justamente por isso, o clube paranaense não se desesperou com o empate em 1 a 1 com o São Caetano, em Curitiba. Todos no Paraná acreditam que a equipe tem todas condições de ficar com o título no segundo jogo, em São Paulo, no sábado.

Para o meia Lúcio Flávio, destaque do Paraná Clube, o time vem conquistando bons resultados fora de casa, pois consegue explorar os espaços deixados pelos adversários.

"Como o adversário tem um forte poder ofensivo vai oferecer os espaços para o contra-ataque. Nas outras disputas por mata-mata também vencemos o dono da casa. Adquirimos um equilíbrio muito grande na competição, com espaço em campo, vamos manter esse retrospecto", disse Lúcio Flávio.

Com a missão de não deixar o elenco desanimar, o técnico Geninho também demonstra otimismo para o segundo jogo. O treinador acredita que o Paraná é um time com personalidade suficiente para voltar de São Paulo com o título do Módulo Amarelo.

"Hoje, atuamos da mesma maneira dentro e fora de Curitiba. Mas como visitantes, nós sempre temos mais espaço e conseguimos vencer nossos jogos", disse Geninho.

Para a partida contra o São Caetano, Geninho não poderá contar com o meia Marcelo, suspenso, e com o zagueiro Ageu, com uma lesão na coxa direita. Desta forma, Gil Baiano deverá ocupar a vaga de Marcelo, que vinha atuando na ala direita. O substituto de Ageu ainda não foi definido. Mas a boa notícia é que o meia Ronaldo Alfredo, recuperado de uma lesão na coxa direita, está confirmado na equipe.

Geninho não está apenas preocupado com seu time. A arbitragem vem tirando o sono do treinador paranaense. O treinador acredita que o São Caetano possa ser beneficiado.

"O São Caetano conta com o apoio do poder público, o prefeito da cidade estava assistindo o jogo de segunda-feira das cadeiras, e tem um forte patrocinador. Não sei até quanto querem ajudá-los. Só posso dizer que achei muito estranho um árbitro do Espírito Santo trabalhar em uma decisão. Dessa forma é capaz que um árbitro do Acre seja escalado para o segundo jogo", disse Geninho, ainda indignado com a atuação do árbitro Wallace Valente no jogo de segunda-feira.

Geninho prefere que um árbitro de nome apite o segundo jogo, para evitar qualquer tipo de suspeita.

Nas oitavas de final da Copa João Havelange, o Paraná Clube vai estrear um novo uniforme, que foi lançado na sede do clube na noite de terça-feira.

No jogo de sábado, quem vencer fica com o título. Empate em 0 a 0 favorece ao São Caetano. Novo 1 a 1 força a decisão por pênaltis. Qualquer outro empate beneficia o Paraná Clube.

L! Sportpress