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Quirino se cala em nome da união
Segunda-feira, 18 Setembro de 2000, 14h29

Sydney - Retomar o pacto de união feito em maio, no Rio de janeiro, e reforçado algumas vezes na temporada, quando os atletas do Brasil reuniram-se para treinar para o revezamento 4x100 metros rasos. Em nome do pacto de união e para afastar a crise que o esporte viveu nos últimos dias, desde que desembarcou na Austrália, o técnico Jayme Netto Júnior impôs a lei do silêncio. O velocista Claudinei Quirino passou a deixar a pista de aquecimento do Estádio Olímpico sem falar com os jornalistas. "Não é nada contra ninguém, mas precisamos de um tempo até acertar a casa", assumiu Jayme.

O técnico, que já havia feito uma reunião com os atletas, explicou que "as coisas estavam tomando uma dimensão incontrolável". A cada dois dias, por causa da diferença do fuso horário, quando os atletas liam os jornais do Brasil ou principalmente recebiam e-mail de fãs ou amigos, via internet, "a crise voltava de novo".

Mas as divergências que o grupo viveu em Canberra, agravadas pelo vento e o frio que atrapalharam os treinos, e depois em Sydney, pelos desentendimentos entre os atletas, serviram, na avaliação de Jayme, para motivar o grupo. O sol e o calor da primavera australiana apareceram nos últimos dias e ajudaram a espantar o baixo astral, já que melhoraram as condições de treinamento. As várias conversas e reuniões também serviram para colocar os problemas de lado. Jayme afirmou que os últimos treinos feitos pela equipe de revezamento em Sydney foram excelentes. "Isso é normal", afirma o técnico.

"Um grupo sempre tem problemas, mesmo que passe a falsa idéia que tudo está bem, no fim acho que a crise foi a melhor coisa que poderia ter ocorrido antes do revezamento." Jayme está confiante no desempenho do Brasil e disse que nunca esteve preocupado. Definiu os desentendimentos como "corriqueiros". E afirmou que ele tiveram uma dimensão muito maior externamente, pelo que foi publicado - "chegaram a matar o Claudinei", observou, referindo-se a uma nota que falava em tentativa de suicídio - do que internamente, na reação dos atletas.

O técnico observou que os corredores costumam falar sobre o que ocorre sem mentir. "Eles são sinceros demais, mas, de qualquer forma, serviu para reforçamos o nosso pacto de união", acentuou o treinador, dizendo que a casa já está quase em ordem. Tudo o que vale para um, vale para os seis, definiu o treinador, referindo-se aos titulares (Vicente Lenílson, Edson Luciano Ribeiro, André Domingos e Claudinei Quirino) e os reservas (Raphael de Oliveira e Cláudio Roberto de Souza).

Apenas oficialmente, através do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Claudinei comentou a desistência de Frank Fredericks, da Namíbia, o atleta que tem a segunda melhor marca de todos os tempos nos 200 m (19s68). Disse que já sabia que o rival, que sofreu uma cirurgia no Tendão de Aquiles e só voltou a competir no início de setembro, em Rieti, não iria correr. Mas que isso não tem nenhuma influência se não fizer uma boa corrida. "Somos amigos do Frank, conversamos com ele no restaurante da Vila Olímpica e ele comentou que já estava fora do contexto", observou Jayme.

Ato Boldon, de Trinidad e Tobago, medalha de prata nos Jogos de Atlanta, em 1996, e o nigeriano Francis Obikwelu, continuam sendo os favoritos na prova dos 200 m. Jayme disse que Claudinei não tem de estar preocupado com os adversários e sim em correr bem a sua própria prova, o que ainda não fez este ano - o melhor tempo do velocista em 2000 foi 20s23, de maio, no Rio. Obikwelu já correu 19s97, no dia 9, em Yokohama.

Agência Estado

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