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Popov quer sua vaga na história dos jogos
Domingo, 17 Setembro de 2000, 02h01

Sydney - Se os primeiros dias do programa da natação estavam preparados para o jovem australiano Ian Thorpe brilhar, nos 200 e 400 m, livre, o restante da programação ainda reserva a participação de outra grande estrela, o russo Aleksandr Popov, de 29 anos, que tem tudo para deixar o Centro Aquático de Sydney consagrado. Veloz e consistente, Popov pode tornar-se o primeiro nadador da história a ganhar medalhas de ouro individuais nos 50 e 100 m, livre, em três Olimpíadas consecutivas.

É um nadador que evita comentar sobre a vida pessoal ou até mesmo sobre a natação, embora tenha o domínio do inglês - treina e mora em Camberra, na Austrália, com a esposa Darya e o filho Vladimir - além de falar russo, o seu idioma. Aleksandr Popov seguiu toda a sua rotina de preparação, enquanto fazia o "polimento'', no Instituto Australiano de Esportes (IAE), em Camberra, e agora, em Sydney, já competindo nos Jogos Olímpicos, evita contatos com a imprensa. Indiferente à rivalidade entre os nadadores da Austrália e Estados Unidos, Popov segue quieto às vésperas do que podem ser as provas de sua consagração.

Pouco antes do início dos Jogos, em uma rara entrevista, deixou clara a sua determinação e preparação adequada para vencer as duas distâncias. "Em um bom dia, ninguém vai me derrotar", afirmou. "Em um mau dia, ninguém vai me derrotar também." Popov começou a carreira como um nadador do estilo costas, mas foi direcionado pelo treinador Gennadi Tourestski, seu amigo, para o nado livre, que aprendeu utilizando fitas de Matt Biondi (campeão dos 50 e 100 m, em Seul/1988). O sucesso da adaptação ao estilo ficou evidenciado pelos resultados. Foi o primeiro homem, desde desde Jonny Weissmuller (que depois virou ator - o Tarzã, no cinema), em 1920, a ganhar duas medalhas de ouro em Jogos Olímpicos consecutivos, nos 100 m. Foi o vencedor em Barcelona (1992), com 49s02, e em Atlanta (1996), com 48s74. É foi também até ontem o recordista mundial dos 100 m, livre, com 48s21, marca obtida em 1994. O australiano Michael Klin cravou 48s18 ontem, na abertura do revezamento 4x100 m, marca de deve ser homologada pela Federação Internacional de Natação.

Sua incrível velocidade na água é acentuada pelas vitórias obtidas nos 50 m, em Barcelona, com 21s91, e em Atlanta, com 22s13. Depois de sobreviver a uma cirurgia no pulmão e rins por causa de um acidente (uma facada de um vendedor de melancia, em agosto de 1996), Popov voltou a nadar bem.

Esse ano, nas seletivas da Rússia, mostrou que ainda é rápido ao quebrar o recorde mundial dos 50 m, livre, que já durava dez anos. A marca era de Tom Jagger, de 21s91. Popov nadou a distância em 21s64. Ele tem 1,98 m, mas uma envergadura de 2,10 m (de uma mão a outra) e um estilo técnico considerado perfeito.

Confiança - Quando esteve no Brasil, Popov, que é rival declarado de Fernando Scherer - por causa de insinuações que fez que o Xuxa usaria doping - elogiou Gustavo Borges. Sem perder sua enorme confiança. "Se Gustavo não tivesse nascido na minha geração poderia ser campeão olímpico."

Gustavo, Xuxa, o holandês Pieter van den Hoogenband, os norte-americanos Neil Walker e Gary Hall e o australiano Michael Klin serão os principais rivais do russo nos 100 m, livre, que terá eliminatórias e semifinal na terça-feira e final na quarta-feira. Depois, Popov nadará os 50 m.

O Estado de S.Paulo

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