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Brasil tenta superar o Brasil de Atlanta
Quinta-feira, 14 Setembro de 2000, 03h03

Porto Alegre - O entusiasmo insuspeito de Carlos Arthur Nuzman, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), ao fim da Olimpíada de Atlanta/1996, com o país contabilizando 15 medalhas, pode ter um preço agora, quatro anos depois.

É que, no calor daquele verão norte-americano, Nuzman se embalou pelas três medalhas de ouro, três de prata e nove de bronze e colocou o mesmo número como o mínimo para os Jogos de Sydney. Será uma decepção caso a jornada na Austrália acabe com uma subtração na matemática das conquistas olímpicas brasileiras.

Antes de Atlanta, o melhor desempenho havia ocorrido nos Jogos de Los Angeles/1984, quando o Brasil, beneficiado pelo boicote dos países do Leste Europeu, acabou com oito medalhas. Para Atlanta, Nuzman ponderou que não poderia patrocinar grandes mudanças e projetos. Assumira o cargo apenas um ano antes, justificou, muito pouco tempo para que um bom desempenho fosse construído.

Na época, o presidente do COB disse que o descobrimento de novos talentos culminaria não ainda em Sydney, mas apenas em Atenas/2004. O objetivo de Nuzman é colocar o Brasil entre os 15 primeiros no quadro de medalhas de Sydney e alçá-lo daqui a quatro anos ao grupo dos 10 melhores. Mas é claro que não adianta aumentar o número de pódios. Precisa haver qualidade, com a manutenção dos três ouros de Atlanta ou até a superação daquele número.

A delegação – apesar de ser menor do que a de Atlanta – vai participar de um maior número de modalidades. Serão 24, contra 19 nos Estados Unidos. Na filosofia de Nuzman, seguida por boa parte das confederações, está a crença de que só pode participar de uma olimpíada quem está efetivamente preparado. Competir por competir não justifica a presença de ninguém. Por isso, o presidente do COB deixou bem claro que não seriam aceitos convites. Só desembarcariam em Sydney aqueles que conquistassem o índice técnico.

O remo terá apenas um remador solitário – Anderson Nocetti, do Grêmio Náutico União, no skiff. Em 1996, o remo levou seis atletas divididos em dois barcos. Os rivais argentinos emplacaram cinco barcos para Sydney.

Enquanto há alguns esportes que parecem terem andado para trás, outros, com organização e dedicação, trilharam o caminho inverso. O handebol feminino jamais havia participado de uma olimpíada. O inédito ouro conquistado no Pan-Americano de Winnipeg/1999, valeu a classificação olímpica. Só que, dois anos antes, com a seleção permanente, o técnico Digenal Cerqueira já havia iniciado um trabalho psicológico para que uma das características mais elogiáveis dos brasileiros – a emotividade latina – deixasse de marcar gol contra. O próprio COB estimula essas iniciativas, pois conta com a assessoria do psiquiatra e consultor organizacional Roberto Shinyashiki. A meta do COB e de Digenal é a mesma: querem atletas mais frios e racionais, capazes de serem mais eficientes e vencedores.

Zero Hora

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