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Novo ministro da Indústria promete plano para exportações

De acordo com Armando Monteiro, governo lançará pacote de estímulos nos próximos dias

7 jan 2015 - 18h07
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<p>Novo ministro do Desenvolvimento, Ind&uacute;stria e Comercio Exterior, Armando Monteiro, durante coletiva de imprensa em Bras&iacute;lia</p>
Novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, Armando Monteiro, durante coletiva de imprensa em Brasília
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Para enfrentar a queda do preço das commodities (bens primários com cotação internacional) e a perda de competitividade da indústria, o governo lançará, nos próximos dias, um plano para estimular as exportações. O anúncio foi feito nesta quarta-feira pelo novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, durante discurso de posse.

Segundo Monteiro Neto, o plano será arrojado e negociado com diversas áreas do governo. As medidas serão estruturadas nos seguintes eixos: desburocratização, desoneração das exportações, plano de investimentos para reduzir a idade média do maquinário industrial e estímulos aos financiamentos para estimular exportações das micro, pequenas e médias empresas.

“Atualmente, 100 empresas concentram dois terços das exportações brasileiras. Precisamos encontrar um jeito de estimular as vendas externas das micro, pequenas e médias empresas”, declarou. Para o novo ministro, somente a melhoria da competitividade da economia pode impulsionar as exportações, que caíram no ano passado.

Outro desafio apontado por Armando Monteiro será o aumento da produtividade da indústria, cuja participação no Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas produzidas no país) tem se reduzido cada vez mais. “A agenda da competitividade da indústria é imprescindível. O setor vem perdendo espaço na economia. Desde 1985, a participação [da indústria] declinou de 25% para 14% do PIB”, informou.

O novo ministro disse, ainda, que a redução de gastos públicos a ser posta em prática pela nova equipe econômica não pode afetar as políticas comerciais e de estímulo à indústria. “O necessário ajuste macroeconômico não pode ter efeito paralisante na promoção da agenda de promoção da competitividade. É preciso encontrar espaço para, em meio a essas restrições, impulsionar e dar absoluto sentido à agenda”, destacou.

Perda de Competitividade

A cerimônia de posse teve a presença de 15 ministros, entre os quais Joaquim Levy (Fazenda), Alexandre Tombini (Banco Central), Nelson Barbosa (Planejamento), Manoel Dias (Trabalho) e Eduardo Braga (Minas e Energia). O governador do Mato Grosso, Pedro Taques, também compareceu à solenidade.

<p>O ex-ministro da Ind&uacute;stria, Mauro Borges,&nbsp;reconheceu que a perda de competitividade da ind&uacute;stria foi o principal desafio do minist&eacute;rio nos &uacute;ltimos quatro anos</p>
O ex-ministro da Indústria, Mauro Borges, reconheceu que a perda de competitividade da indústria foi o principal desafio do ministério nos últimos quatro anos
Foto: Enrique Marcarian / Reuters

No discurso de transmissão do cargo, o ex-ministro Mauro Borges reconheceu que a perda de competitividade da indústria foi o principal desafio do ministério nos últimos quatro anos.

No entanto, mencionou medidas tomadas pelo governo nos últimos quatro anos para reverter o quadro, como o Plano Brasil Maior, a desoneração da folha de pagamento, o estímulo ao ensino técnico por meio do Pronatec e o programa de concessões de rodovias, portos, ferrovias e aeroportos à iniciativa privada.

“Acredito que os resultados (dessas políticas) virão no médio e longo prazos”, declarou Borges.

“O Plano Brasil Maior concentrou-se na redução dos custos de produção, no adensamento da cadeia de produção e no crédito para inovação. Estas foram a marca do primeiro mandato (da presidenta Dilma Rousseff). Agora, temos o desafio de uma nova agenda para a indústria na iminência da retomada de um novo ciclo de crescimento mundial”, acrescentou.

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Agência Brasil Agência Brasil
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