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Mineradora de Eike tem prejuízo de R$1,8 bi no 2º trimestre

Empresa acrescentou que as atividades operacionais da mineradora permanecem interrompidas na presente data

3 nov 2014 - 21h20
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Empresário Eike Batista durante seminário de energia no Rio de Janeiro em abril de 2011. 12/04/2011
Empresário Eike Batista durante seminário de energia no Rio de Janeiro em abril de 2011. 12/04/2011
Foto: Sergio Moraes / Reuters

A mineradora MMX informou nesta segunda-feira prejuízo líquido de R$ 1.891 bilhão no segundo trimestre de 2014, ante prejuízo de R$ 441.500 milhões no mesmo período do ano passado.

"Este resultado no trimestre é fundamentalmente consequência do teste de recuperabilidade de ativos realizado pela companhia no 2IT4, desdobrando em um reconhecimento de impairment (baixa contábil) de R$ 1.807 bilhão", afirmou a companhia em nota nesta segunda-feira.

A baixa contábil é relativa ao valor remanescente contabilizado para as operações correntes e para o projeto de expansão da unidade Serra Azul de sua subsidiária MMX Sudeste Mineração, que se encontra em processo de recuperação judicial, disse e empresa em fato relevante na semana passada

O atraso na divulgação das demonstrações financeiras do segundo trimestre, publicado apenas agora em plena temporada de resultados do terceiro trimestre, decorreu, segundo a empresa, do entendimento da administração de que tal divulgação deveria não somente contemplar informações financeiras relativas ao período, mas também a revisão do plano de negócios da companhia.

"No cenário de retração de preços vigente no mercado, a viabilidade de novos projetos de minério de ferro passa a ser questionada mundialmente e a capacidade da Companhia em atrair novos sócios que possam dar continuidade ao Projeto de Expansão de Serra Azul é sensivelmente afetada", disse.

A empresa do grupo de Eike Batista acrescentou que as atividades operacionais da mineradora permanecem interrompidas na presente data.

"A companhia esclarece que a paralisação das atividades na mina de Serra Azul mostrou-se necessária em decorrência não somente da prolongada retração dos preços do minério de ferro no mercado internacional, mas também em função de restrições operacionais impostas pelo órgão ambiental do Estado de Minas Gerais", frisou a MMX, acrescentando estar empenhada em buscar uma solução junto às autoridades.

Para fazer frente às demandas deste cenário, a companhia implementou uma série de medidas que buscaram preservar o caixa da empresa.

"Mediante concordância do acionista controlador e sujeito à ratificação do seu Conselho de Administração, a MMX ajuizou em 16/10/2014... pedido de recuperação judicial... da sua subsidiária MMX Sudeste Mineração S.A...", afirmou, ressaltando que o pedido configurou-se como a alternativa mais adequada diante da situação econômico-financeira da companhia.

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