Como escolher a IA certa para o seu negócio: Dicas do especialista
Chegada do Grok 3 amplia as opções e reforça a necessidade de avaliar o melhor tipo de IA para cada empresa
Elon Musk lançou o chatbot Grok 3, destacando a crescente disputa global pela liderança em IA. Empresas enfrentam desafios na escolha de tecnologias que equilibram inovação, segurança e adequação às suas necessidades.
No dia 17 de março, o empresário Elon Musk, considerado um gênio da tecnologia e inovação, apresentou ao mundo seu novo chatbot, Grok 3. O lançamento reforça a crescente disputa global pela liderança no desenvolvimento de inteligência artificial, em um cenário onde gigantes como OpenAI, Google, Meta e outras empresas competem para oferecer soluções mais avançadas.
Diante desse contexto, os negócios se deparam com uma ampla gama de tecnologias disponíveis, o que, apesar de positivo, também traz desafios na hora de escolher a IA mais adequada para cada necessidade empresarial.
Com tantas opções, desde modelos proprietários como GPT e Gemini até soluções open-source, como LLaMA e Maritaca AI, a decisão sobre qual tecnologia adotar deve ir além da capacidade técnica. As empresas precisam considerar aspectos como flexibilidade, integração com suas infraestruturas, segurança e conformidade regulatória. A escolha errada pode resultar em dependência excessiva de um único provedor ou dificuldades na adaptação a novas exigências do mercado.
Segundo Gustavo Fortuna, líder em Inteligência Artificial da BlueShift, empresa referência em soluções de dados e tecnologia, para definir a IA ideal, é essencial avaliar o grau de maturidade digital de cada empresa.
“Negócios que estão iniciando sua jornada na inteligência artificial podem optar por soluções SaaS de fácil implementação, enquanto organizações com maior experiência e investimento disponível podem explorar modelos customizados que garantam um maior controle sobre os dados”, afirma o especialista.
Outro ponto importante é o investimento disponível para a adoção da inteligência artificial. Pequenas e médias empresas podem se beneficiar de plataformas mais acessíveis, que oferecem suporte e integração simplificada, enquanto grandes corporações podem investir em soluções personalizadas para atender demandas específicas. A escolha deve levar em conta não apenas o custo imediato, mas também o impacto a longo prazo na operação da empresa.
Com a rápida evolução dos modelos de IA, elaborar uma estratégia bem estruturada se torna essencial para garantir eficiência e competitividade no mercado. Gustavo destaca que as empresas que souberem equilibrar inovação com segurança e flexibilidade estarão mais preparadas para a transformação digital, garantindo um crescimento sustentável e uma melhor adaptação às novas exigências tecnológicas.
O executivo da BlueShift listou o que deve ser levado em consideração por uma empresa que busca implementar um modelo de Inteligência Artificial em seu negócio.
Boas práticas ao adotar IA
- Avalie a maturidade digital da empresa: Escolha uma IA compatível com a infraestrutura e o nível de digitalização do negócio.
- Priorize flexibilidade: Opte por soluções que garantam integração e não fiquem presas a um único provedor de nuvem.
- Assegure conformidade regulatória: Verifique se a tecnologia está alinhada com normas de segurança, privacidade de dados e até sua governança e compliance.
- Busque transparência: Priorize modelos que permitam auditoria nos processos.
- Capacite sua equipe: Invista em treinamentos para maximizar o uso da IA de forma estratégica e eficiente.
Erros a evitar ao implementar IA
- Depender exclusivamente de um único provedor de IA: Isso pode reduzir a autonomia da empresa, elevar riscos operacionais e dificultar a migração para outras soluções em caso de aumento de custos, mudanças contratuais ou descontinuação do serviço.
- Ignorar aspectos regulatórios: Falhas no cumprimento de normas podem gerar problemas jurídicos e financeiros.
- Implementar IA sem compreender seu funcionamento: Saber como os dados são processados e armazenados evita vulnerabilidades.
- Escolher soluções apenas pelo hype: A adoção deve ser baseada nas necessidades reais da empresa, e não em modismos tecnológicos.
- Desconsiderar a experiência do usuário: A IA deve agregar valor à operação e ao atendimento, sem comprometer a usabilidade.
Com uma abordagem estratégica e bem planejada, as empresas podem aproveitar ao máximo os benefícios da inteligência artificial, transformando desafios em oportunidades e impulsionando a inovação com segurança e eficiência.
(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.