Mercado vê déficit primário menor neste ano, mas maior em 2025, mostra Prisma
Economistas passaram a prever um déficit primário menor neste ano, mas maior no próximo, além de projetarem uma melhora na arrecadação federal e uma dívida bruta menor para ambos os períodos, mostrou nesta quarta-feira o relatório Prisma Fiscal de maio, compilado pelo Ministério da Fazenda.
Segundo o relatório, a expectativa mediana agora é de saldo primário negativo de 76,825 bilhões de reais em 2024, ante visão anterior de déficit de 78,615 bilhões de reais. Para 2025, no entanto, a expectativa para o resultado primário piorou, a déficit de 87,458 bilhões de reais, ante 83,450 bilhões no mês passado.
Para a arrecadação, a expectativa mediana subiu para este ano e o próximo. A nova projeção indica a entrada de 2,593 trilhões de reais neste ano, contra 2,588 trilhões estimados no mês anterior. Para 2025, arrecadação federal é vista em 2,741 trilhões de reais, ante 2,732 trilhões em abril.
Uma melhora na arrecadação é considerada crucial pelos mercados para que o governo consiga atingir as metas previstas no novo arcabouço fiscal.
Para 2024, foi prevista receita líquida (descontados repasses a Estados e municípios) de 2,120 trilhões de reais, acima dos 2,103 trilhões do último Prisma. A expectativa também subiu para o próximo ano, a 2,231 trilhões de reais, de 2,222 trilhões antes.
Em relação às despesas, no entanto, os economistas também projetaram uma alta em relação aos níveis antes previstos. Para 2024, a despesa total do governo central está prevista em 2,189 trilhões de reais, ante 2,179 trilhões no mês passado.
Para 2025, a despesa total é vista em 2,313 trilhões de reais, contra 2,298 trilhões em abril.
Sobre a dívida bruta do governo geral, os entrevistados projetaram uma melhora ante a previsão anterior, com queda na estimativa a 77,30% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, ante 77,45%. Para 2025, a dívida bruta é calculada em 79,90% do PIB, contra 79,94% esperados em abril.
O PIB Nominal também teve melhora nas previsões, com a projeção de 2024 chegando a 11,525 trilhões de reais, ante expectativa de 11,519 trilhões no mês passado. A conta para o próximo ano atingiu 12,246 trilhões de reais, contra previsão de 12,221 trilhões de abril.