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Juiz critica "meias-verdades" da Argentina sobre dívida

Thomas Griesa reprovou a decisão da Argentina de dar calote na dívida de US$ 29 bilhões

1 ago 2014 - 13h22
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<p>Argentina de&nbsp;Cristina Kirchner&nbsp;argumenta que, ao ter depositado US$ 539 milh&otilde;es como pagamento de juros na conta do Bank of New York Mellon, o curador, tinha cumprido o seu dever de pagar suas d&iacute;vidas</p>
Argentina de Cristina Kirchner argumenta que, ao ter depositado US$ 539 milhões como pagamento de juros na conta do Bank of New York Mellon, o curador, tinha cumprido o seu dever de pagar suas dívidas
Foto: Argentine Presidency / Reuters

O juiz distrital dos Estados Unidos Thomas Griesa, em tom severo, criticou nesta sexta-feira a decisão da Argentina de dar calote na dívida de US$ 29 bilhões no início da semana, ao invés de pagar os chamados credores 'holdouts', como o ordenado.

Na audiência na corte, Griesa disse aos advogados da Cleary Gottlieb, que representa a Argentina, para "tomarem medidas para interromper as informações enganosas divulgadas pela República" sobre a batalha entre os investidores e o país.

As autoridades do país sul-americano têm afirmado repetidamente que cumpriram suas obrigações com a dívida, o que Griesa classificou com "meia-verdade".

"A República deu declarações públicas que têm sido altamente enganosas, e isso tem que parar", disse o juiz. Griesa ordenou a Argentina pagar US$ 1,33 bilhão mais juros à NML Capital, uma unidade da Elliott Management Corp, e ao Aurelius Capital Management, os dois principais fundos norte-americanos que não concordaram em receber novos títulos após o default de 2002.

Argentina argumenta que, ao ter depositado US$ 539 milhões em 30 de junho como pagamento de juros na conta do Bank of New York Mellon, o curador, tinha cumprido o seu dever de pagar suas dívidas. Griesa ordenou que o banco não transferisse os recursos aos detentores de bônus que aceitaram a troca de bônus da dívida em 2005 e 2010.

"Meias-verdades não são o mesmo que a verdade", disse ele no tribunal. A audiência foi convocada para "clarear para onde vamos a partir daqui", disse Griesa, dizendo que "o que ocorreu esta semana não extingue ou reduz as obrigações da República da Argentina."

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