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Inclusão feminina precisa ir além do marketing da empresa

Cuidado com o bem-estar das mulheres precisa ser parte da cultura organizacional das empresas.

9 mar 2022 - 03h00
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Ainda há muitas barreiras a serem superadas, alerta Carine Roos, CEO da Newa
Ainda há muitas barreiras a serem superadas, alerta Carine Roos, CEO da Newa
Foto: Israel Pinheiro / Divulgação

O Dia Internacional da Mulher passou e, com ele, as campanhas que reforçaram o papel da mulher em diferentes setores da sociedade. Apesar das iniciativas em torno da data, milhares de mulheres ainda sofrem, diariamente, com o preconceito de gênero dentro das organizações.

Segundo a pesquisa “Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”, produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 37,4% das mulheres ocupam cargos de liderança dentro das organizações atualmente. Além do número, que ainda é considerado baixo, hoje as mulheres também enfrentam outros problemas, como o adoecimento emocional, oriundo das cargas excessivas de trabalho ou pressão psicológica no ambiente corporativo.

“Os dados mostram que, apesar das manifestações em torno do Dia da Mulher, ainda há muitas barreiras para elas no mercado de trabalho, seja na ocupação de cargos de liderança ou na oferta de vagas para as mulheres mães, por exemplo”, aponta Carine Roos, CEO e fundadora da Newa, empresa de consultoria especializada em diversidade e bem-estar emocional para as organizações.

De acordo com um estudo realizado pela edtech Todas Group, mais da metade das mulheres brasileiras estão com a saúde mental afetada pelo trabalho. Não obstante a esse problema, cerca de 50% das mulheres no país perdem seus empregos após a gravidez, segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

“Nós, mulheres, estamos sempre sendo colocadas à prova. Por isso, mais do que nunca, precisamos falar sobre a representatividade feminina dentro das organizações e sobre como tornar esses ambientes mais acolhedores e inclusivos”, argumenta a especialista em Diversidade e Inclusão.

Para Carine, promover ambientes que sejam genuinamente inclusivos é algo que precisa sair do papel e ser colocado em prática não apenas às vésperas de datas comemorativas, mas ao longo do ano inteiro, fazendo parte da cultura organizacional das empresas.

“Felizmente, algumas organizações já entenderam que é preciso criar espaços de acolhimento para as mulheres. Em muitos lugares, visando atingir a saúde e o bem-estar das mulheres mães, por exemplo, algumas empresas já começaram a oferecer benefícios estendidos, promoção de cargo ainda durante a gravidez ou até mesmo oportunidades de trabalho para mulheres ainda em período de gestação”, comenta Carine.

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