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Haddad: 'Sempre falo com Motta para votar devedor contumaz para fortalecer o País contra o crime'

Ministro da Fazenda defende que crime organizado seja pauta das negociações do Brasil com os EUA devido ao uso de fundos americanos para lavagem de dinheiro

27 nov 2025 - 10h57
(atualizado às 11h50)
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BRASÍLIA — O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira, 27, que é preciso aprovar o projeto contra devedores contumazes na Câmara para continuar o trabalho da Pasta contra o crime organizado.

Em fala a jornalistas sobre a nova operação da Receita Federal e autoridades de segurança contra esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas envolvendo combustíveis, ele afirmou que levará aos Estados Unidos a informação de que há fundos de lá sendo usados para o crime e que há armas americanas vindo para o Brasil.

Ele afirmou que sugeriu, com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que o crime organizado deveria ser pauta das negociações do Brasil com os Estados Unidos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad
Foto: Lula Marques/Agência Brasil / Estadão

"Nós vamos, em primeiro lugar, fazer chegar a informação de como os fundos lá nos Estados Unidos estão sendo utilizados para lavagem de dinheiro e simulação de investimentos estrangeiros no Brasil. É disso que se trata, uma simulação de investimentos estrangeiros", declarou.

Segundo Haddad, o crime organizado está usando Delaware, nos EUA, em operações de evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

A Polícia Federal trabalhará na recuperação de ativos e criminalização de não residentes. "São dezenas de empresas e fundos que são abertas fora do Brasil… É uma operação de triangulação internacional gravíssima", declarou.

Segundo ele, a ideia é fazer com a segurança pública o mesmo que foi feito com a reforma tributária. Porque, sem asfixiar financeiramente o crime, há reposição de mão de obra barata na base.

O ministro afirmou que sempre fala com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre a necessidade de votar o projeto. "Se sancionarmos o (projeto do) devedor contumaz este ano, entramos mais forte contra o crime em 2026?, disse.

Segundo ele, o projeto "não tem nada a ver com posição ou oposição". "É para o Brasil", completou. "Por isso que nós sempre insistimos na necessidade imperiosa de se votar o projeto do devedor contumaz", disse.

Haddad afirmou que o governo fez uma representação junto ao Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro para processar envolvidos na operação Poço Lobato.

A operação teve cumprimento de mandatos em cinco Estados. São 126 mandatos de busca e apreensão, sendo que a movimentação do grupo econômico no último ano é de R$ 70 bilhões.

"São pessoas que devem uma fortuna para os fiscos de todo o País. Estamos falando em R$ 26 bilhões não recolhidos", afirmou o ministro.

Ele declarou ainda que a Petrobras está ajudando o governo a sanear o setor de combustíveis do crime organizado. E que já foi feita a apreensão de 250 milhões de litros de combustível, já depositados na estatal.

"Esse grupo econômico deixou de pagar aos cofres estaduais do Rio de Janeiro é suficiente para custear um ano a polícia, toda a polícia", completou.

O ministro também citou lei Antifacção e Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da segurança pública como prioridades do governo no Congresso no âmbito da segurança.

Estadão
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