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Governo mantém previsão de alta do PIB acima do mercado

Ministério, no entanto, revisou para cima a estimativa de inflação no fim deste ano, de 5,90% para 7,90%, bem acima do teto da meta perseguida pelo Banco Central, de 5,25%

16 set 2021 - 10h14
(atualizado às 10h22)
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Apesar de analistas do mercado financeiro terem reduzido suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 para menos de 1%, o Ministério da Economia divulgou nesta quinta-feira, 16, que revisou apenas marginalmente sua estimativa, de 2,51% para 2,50%.

Para este ano, o órgão segue esperando uma alta de 5,30% no PIB. As previsões constam na grade de parâmetros da Secretaria de Política Econômica (SPE), divulgada nesta quinta-feira, 16.

De acordo com a SPE, apesar do recuo de 0,1% do PIB no segundo trimestre em relação aos três primeiros meses do ano, o crescimento interanual de 12,4% indicaria recuperação em relação ao vale da crise de 2020. "O destaque do PIB pelo lado da oferta foi o desempenho dos serviços, com alta de 0,7% ante o trimestre anterior, com ajuste sazonal", acrescentou a Economia.

O Ministério da Economia revisou sua projeção para o IPCA deste ano de 5,90% para 7,90%.
O Ministério da Economia revisou sua projeção para o IPCA deste ano de 5,90% para 7,90%.
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil / Estadão

O ministério manteve ainda as projeções de crescimento da economia de 2023, 2024 e 2025 - todas em 2,50%. "Esperam-se efeitos positivos das reformas pró-mercado e do processo de consolidação fiscal", completou a SPE.

No último relatório Focus, os analistas de mercado consultados pelo Banco Central estimaram uma alta de 5,04% para o PIB de 2021. Para 2022, a estimativa no Focus é de crescimento de 1,72%, mas diversos analistas já passaram a projetar uma expansão de menos de 1% no próximo ano após o presidente do BC, Roberto Campos Neto, ter dito nesta semana que a instituição aumentará os juros até onde for necessário para conter a inflação.

Preços em alta

O Ministério da Economia revisou para cima sua projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021. A estimativa para a alta de preços neste ano passou de 5,90% para 7,90%. Para 2022, a projeção passou de 3,50% para 3,75%. De acordo com a SPE, a partir de 2023, a projeção converge para a meta: 3,25% em 2023 e 3,0% de 2024 em diante.

No último relatório Focus, os analistas de mercado consultados pelo Banco Central estimaram que o IPCA deve acumular alta de 8,00% em 2021 e de 4,03%em 2022.

Todas as projeções para a inflação em 2021 estão bem acima do centro da meta deste ano, de 3,75%, que tem uma margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,25% a 5,25%). No caso de 2022, a meta é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (2,00% a 5,00%).

A Economia também atualizou a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) - utilizado para a correção do salário mínimo. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da pasta, a estimativa para a alta do indicador neste ano passou de 6,20% para 8,40%. Para 2022, a projeção passou de 3,42% para 3,80%.

A estimativa para a alta do IGP-DI em 2021 passou de 17,40% para 18,00%. Para o próximo ano, a projeção passou de 4,72% para 4,70%

Estadão
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