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FGV: Confiança da indústria vai ao menor nível em 5 meses

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 3,4 pontos e foi a 107,9 pontos em fevereiro

26 fev 2021 - 08h24
(atualizado às 09h04)
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A confiança da indústria no Brasil recuou pela segunda vez seguida em fevereiro diante de uma insatisfação geral e chegou ao menor nível em cinco meses, de acordo com os dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgados nesta sexta-feira.

Funcionário carrega canos de cobre em fábrica Sociedade Paulista de Tubos Flexiveis (SPTF), em São Paulo
20/03/2012
REUTERS/Nacho Doce
Funcionário carrega canos de cobre em fábrica Sociedade Paulista de Tubos Flexiveis (SPTF), em São Paulo 20/03/2012 REUTERS/Nacho Doce
Foto: Reuters

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 3,4 pontos e foi a 107,9 pontos em fevereiro, nível mais baixo desde os 106,7 pontos vistos em setembro de 2020.

"A confiança da indústria caiu pelo segundo mês consecutivo influenciada por uma diminuição da satisfação dos empresários com relação ao momento atual e da redução do otimismo em relação aos próximos meses", disse em nota Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens da FGV Ibre.

O Índice de Situação Atual (ISA), que acompanha o sentimento dos empresários sobre o momento presente da indústria, perdeu 1,4 ponto e foi a 114,9 pontos, menor nível desde outubro.

O Índice de Expectativas (IE), indicador das perspectivas para os próximos meses, recuou 5,4 pontos, para 100,9 pontos, patamar mais baixo desde agosto.

"A piora do IE decorre de menores projeções na demanda interna e externa, gerando perspectivas menos otimistas em relação a produção prevista", explicou Bittencourt.

"Apesar da queda ter sido mais influenciada pelas expectativas, chama atenção a piora da situação dos negócios das empresas produtoras de bens de consumo não duráveis. Tal insatisfação pode ter sido influenciada pelo período de interrupção dos benefícios emergenciais, afetando a demanda nesse início do ano junto com preços mais elevados das matérias primas", completou.

A produção da indústria brasileira registrou em dezembro o oitavo aumento seguido, mas ainda assim encerrou 2020 com a maior queda em quatro anos, de 4,5%, diante das consequências da pandemia de coronavírus.

(Camila Moreira)

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