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EDP Brasil vê lucro crescer 25,5% no 2° tri; aprova ajuste em política de dividendo

31 ago 2020 - 08h43
(atualizado às 09h07)
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A elétrica EDP Brasil registrou lucro líquido de 237,2 milhões de reais no segundo trimestre, um avanço de 25,5% na comparação anual, ao mesmo tempo em que anunciou ajustes na política de dividendos.

Unidade de geração da EDP em Portugal. REUTERS/Rafael Marchante
Unidade de geração da EDP em Portugal. REUTERS/Rafael Marchante
Foto: Reuters

A empresa do grupo europeu EDP Energias de Portugal teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 586,5 milhões de reais entre abril e junho, 5,5% acima do visto em mesmo período de 2019, segundo balanço divulgado na noite de sexta-feira.

A companhia, que tem negócios em geração, distribuição, transmissão e comercialização de energia, acumulou lucro de 508,3 milhões de reais nos primeiros seis meses do ano, um aumento de 4,9% na comparação anual.

Em paralelo, a EDP Brasil informou em comunicado que seu conselho de administração aprovou um "ajuste" na política de dividendos, visando definir a destinação do caixa gerado pela empresa.

"Esta política propõe a distribuição de no mínimo 1 real por ação a partir de 2021, garantindo que o dividendo continue a representar mais do que 50% do lucro líquido ajustado por ação", disse a empresa em comunicado.

"Adicionalmente, todo o fluxo de caixa livre remanescente também será devolvido aos acionistas na forma de dividendos especiais ou recompra de ações", acrescentou.

A EDP Brasil disse ainda que a nova política também define meta para a alavancagem financeira da companhia, medida pela relação entre dívida líquida e geração de caixa operacional (Ebitda). A elétrica buscará manter o indicador entre 2,5 vezes e 3 vezes, com limite mínimo de 2 vezes.

NOVA POLÍTICA

O presidente da EDP Brasil, Miguel Setas, disse que os ajustes na política de pagamentos de dividendos aos acionistas vêm devido à previsão de que a empresa deverá reduzir fortemente o nível de alanvancagem nos próximos anos, à medida que entram em operação projetos de transmissão que contribuirão com a geração de caixa.

A empresa terminou o trimestre com índice de alavancagem de 2 vezes.

"Queremos dar clareza ao mercado de nossa visão sobre a estrutura de capital ótima da empresa. Nunca havíamos colocado isso como política, o que a companhia fará com seus recursos se não tiver oportunidades de investimento", explicou o executivo, em conversa por telefone com jornalistas.

Ele destacou, no entanto, que a elétrica seguirá perseguindo novos empreendimentos. Uma dos caminhos de expansão envolve possível participação em leilão de novos projetos de transmissão de energia que será realizado pelo governo em dezembro.

Setas também disse que a EDP Brasil avaliará outras oportunidades, inclusive de aquisição de ativos de distribuição, mas destacou que o foco da companhia nesse sentido será uma eventual compra da Celesc, estatal de Santa Catarina na qual já possui participação.

"Se um dia aparecer a privatização, obviamente que estaremos, naturalmente, em uma posição diferenciada para participar... diria que é a prioridade da EDP em termos de distribuição e crescimento inorgânico", afirmou.

A EDP Brasil possui atualmente 28,77% do capital total da Celesc, que é responsável pelo fornecimento de energia em Santa Catarina e tem ativos de geração.

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