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Dólar passa por ajustes e fecha abaixo de R$5,70

No início do dia a moeda norte-americana chegou a superar os R$ 5,73

21 out 2024 - 17h20
(atualizado às 18h52)
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Às 17h29 na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,01%, a 5,7060 reais na venda.
Às 17h29 na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,01%, a 5,7060 reais na venda.
Foto: Reuters

O dólar fechou a segunda-feira em leve queda e novamente abaixo dos 5,70 reais, em um dia de ajustes após as altas recentes, enquanto no exterior a moeda norte-americana registrou ganhos firmes em meio à expectativa de cortes menores de juros nos EUA e ao aumento das apostas de vitória de Donald Trump nas eleições.

O dólar à vista fechou o dia em leve baixa de 0,13%, cotado a 5,6931 reais. Em outubro a divisa acumula elevação de 4,48%.

Às 17h29 na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,01%, a 5,7060 reais na venda.

No início do dia a moeda norte-americana chegou a superar os 5,73 reais, acompanhando o avanço firme das cotações também no exterior. Um dos motivos para o movimento era a leitura de que o Federal Reserve tende a cortar os juros em apenas 25 pontos-base em novembro, e não em 50 pontos-base.

Além disso, os receios em torno de eventual vitória de Trump na disputa com Kamala Harris pela Casa Branca dava suporte ao dólar. Analistas veem as propostas do ex-presidente, incluindo tarifas e cortes de impostos, como favoráveis à alta da moeda norte-americana.

"Trump é um dos elementos mais importantes (para a alta recente do dólar). Ele faz boa parte do que promete, e o que ele faz é disruptivo", avaliou André Galhardo, consultor econômico da plataforma de transferências internacionais Remessa Online.

"Ele já falou publicamente que vai cortar impostos de empresas por lá e emitiu sinais de que o fiscal norte-americano vai continuar em aceleração, o que sugere uma taxa de juros mais alta por mais tempo", acrescentou.

Neste cenário, o dólar à vista marcou a cotação máxima de 5,7363 reais (+0,63%) às 9h52.

Depois disso, porém, o dólar perdeu força ante o real e se reaproximou da estabilidade, em meio a ajustes de preços após a escalada recente. Este movimento de ajuste foi visto também no mercado de DIs (Depósitos Interfinanceiros), onde as taxas cederam apesar a forte alta dos rendimentos dos Treasuries.

A perda de força do dólar ante o real ocorreu em paralelo a declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante evento em São Paulo.

Campos Neto seguiu o roteiro recente de comentários, ao reforçar que medidas fiscais são importantes para o BC conseguir baixar os juros, que a missão da instituição é atingir a meta de inflação de 3% e que não há uma orientação (guidance) para o próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), em novembro.

Pouco antes do fechamento o dólar renovou a mínima no Brasil, ao atingir 5,6876 reais (-0,22%) às 16h54.

Operador ouvido pela Reuters chamou atenção para a liquidez relativamente reduzida durante a sessão. Além disso, o fato de o dólar ter registrado altas firmes ante o real em sessões recentes favorecia um ajuste de baixa, a despeito do exterior.

Às 17h27, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,49%, a 103,970.

No fim da manhã o Banco Central vendeu todos os 14.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 2 de dezembro de 2024.

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